Justiça nega habeas corpus para homem amarrado por policiais por suspeita de furtar mercado
O homem está preso desde segunda (5) de forma preventiva -ou seja, sem prazo definido.
© iStock
Justiça JUSTIÇA-SP
PAULO EDUARDO DIAS E CARLOS PETROCILO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Justiça de São Paulo negou neste sábado (10) o pedido de habeas corpus impetrado pelo homem negro de 32 anos que teve as mãos e os pés amarrados após ser detido acusado de furtar produtos em um supermercado na Vila Mariana, zona sul da capital paulista.
O homem está preso desde segunda (5) de forma preventiva -ou seja, sem prazo definido.
No pedido para ter a prisão preventiva do cliente revogada, o advogado José Luiz de Oliveira afirma que os policiais militares torturaram o homem. O defensor disse à Folha de S.Paulo que o homem furtou comida para se alimentar, pois passava fome.
Em vídeo que circula nas redes sociais, ele aparece sendo arrastado e carregado pelos policiais, colocado em uma maca e depois na parte de trás de uma viatura. Ao ser carregado desta forma, o homem grita de dor. As imagens foram registradas na UPA (unidade de pronto atendimento) da Vila Mariana.
Os policiais localizaram duas caixas de bombons com o homem. Eles também afirmaram que o suspeito resistiu para ser algemado e fez ameaças.
Ao negar o pedido de habeas corpus, o juiz de plantão de Segundo Grau Edison Tetsuzo Namba diz que o homem já é reincidente por roubo e reagiu, de forma, violenta à prisão.