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Sobe para 43 o número de mortes causadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul

O número de pessoas fora de suas casas em cidades gaúchas também subiu. São 3.798 desabrigados (dependem de abrigos públicos) e 11.642 desalojados (podem se acomodar na casa de parentes e amigos).

Sobe para 43 o número de mortes causadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul
Notícias ao Minuto Brasil

12:30 - 10/09/23 por Folhapress

Brasil CLIMA-RS

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou neste domingo (10) que registrou mais uma morte relacionada às chuvas que devastaram municípios gaúchos. Agora, são 43 vítimas no estado -outra morte ocorreu em Santa Catarina.

O número de pessoas fora de suas casas em cidades gaúchas também subiu. São 3.798 desabrigados (dependem de abrigos públicos) e 11.642 desalojados (podem se acomodar na casa de parentes e amigos). Antes, até a noite de sábado (9), eram contabilizados 3.193 e 8.282, respectivamente.

Há 224 pessoas feridas e 46 permanecem desaparecidas, sendo 30 na cidade de Muçum, oito em Lajeado e oito em Arroio do Meio.

O governo gaúcho estima em 150,3 mil o total de afetados pelos temporais, que deixaram registros de destruição em 88 municípios. Uma força-tarefa com cerca de 900 servidores atua nas buscas, resgates, identificação de corpos e reparos na infraestrutura.

Os corpos das vítimas estão sendo reconhecidos pelo Instituto Geral de Perícias em Porto Alegre e cidades do interior. A liberação para os velórios depende de uma normalização mínima na rotina das cidades afetadas, que chegaram a ter mais de 80% de sua área urbana submersa.

No sábado (9), foi realizado o velório coletivo de vítimas das enchentes na cidade de Vespasiano Corrêa. Foram veladas na cidade nove das 15 vítimas encontradas em Muçum, cidade que fica a cerca de 20 km de Vespasiano Corrêa e foi uma das mais castigadas pelas cheias do rio Taquari.

DOAÇÕES E FINANCIAMENTOS
Na sexta (8), o governo federal anunciou o repasse, via prefeituras, de R$ 800 por cada desabrigado e o envio de 20 mil cestas básicas.

Na quinta (7), a gestão Lula já havia reconhecido o estado de calamidade pública, conforme solicitado pelos municípios atingidos pelos temporais para simplificar os processos de compras e contratações, e acelerar a resposta à destruição. Segundo a CNM (Confederação Nacional dos Municípios), os prejuízos chegam a R$ 1,3 bilhão.

Em reunião com prefeitos das cidades afetadas, o governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou a liberação de R$ 1 bilhão em financiamento por meio do banco estatal Banrisul. Desse total, cerca de R$ 300 milhões serão destinados ao setor agrícola, que segundo o governador foi um dos mais prejudicados pelas enchentes. Outros R$ 500 milhões serão destinados a empréstimos para prefeituras e R$ 100 milhões serão voltados para o financiamento imobiliário.

Leite também anunciou a liberação de R$ 1,5 milhão em horas-máquina para auxiliar no trabalho de reconstrução em Muçum e em Roca Sales.

As fortes chuvas causaram bloqueios totais ou parciais de rodovias e duas pontes foram destruídas. O governo informou que trabalha para desobstruir as rodovias "o mais rápido possível" para que as doações possam chegar às vítimas.

A Defesa Civil pede que as doações se concentrem em colchões, produtos de higiene pessoal e itens para limpeza dos locais afetados pelas enchentes. Também foi criada pelo governo uma conta para doações em dinheiro.

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