Após mortes na BA, secretário diz que ações da PM são 'início de trabalho'
Após policial ser assassinado, total de mortos em operações é de 15 em uma semana.
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Brasil POLÍCIA-BA
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O secretário de Segurança da Bahia, Marcelo Werner, disse que operações da polícia vão continuar em Salvador. Nesta sexta-feira (22), ao menos seis pessoas morreram e outras 15 foram presas em ação na capital. Após policial ser assassinado, total de mortos em operações é de 15 em uma semana.
Werner afirmou que as operações foram intensificadas "porque a gente tem que trabalhar contra o crime organizado e as facções da Bahia". Ele falou em entrevista ao Bahia Meio Dia, da TV Globo. "É um fenômeno, infelizmente, nacional",
continuou.
"Temos que trabalhar, sim, com muita responsabilidade, em busca das lideranças criminosas, e em busca de descapitalizar também isso. Estamos no início de um trabalho, mas vamos seguir firmes nessa toada", afirmou.
Segundo o secretário, as facções "têm demonstrado um poder bélico que se reflete no grande número de armamento apreendido neste ano". De acordo com ele, neste ano, foram apreendidas mais de 4 mil armas de fogo.
"Chegamos a parte do grupo que atacou os policiais. Estamos com outras investigações em andamento para que todos os envolvidos sejam levados à Justiça", afirmou.
Ainda conforme o secretário, as polícias Militar e Civil terão apoio de veículos blindados da Polícia Federal que foram enviados à Bahia e chegaram a Salvador na manhã desta sexta.
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu enviar para a Secretaria de Segurança Pública da Bahia R$ 12 milhões obtidos por meio de um acordo com um alvo investigado por suspeitas de corrupção no Judiciário baiano, no caso batizado de Operação Faroeste.
OPERAÇÃO NA CAPITAL
Segundo a Polícia Civil, os mortos nesta sexta-feira (22) seriam alvos de mandados de prisão que resistiram à polícia no bairro de Águas Claras. A identidade deles não foi divulgada. Os mandados são cumpridos com apoio de Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar.
Além dos seis mortos, outras 15 pessoas que eram alvo da operação foram presas, informou a Polícia Civil. Todos são suspeitos de participar de uma organização criminosa que cometeu mais de 30 homicídios na capital, de acordo com a polícia.
Dois dos mortos tiveram identidade divulgada pela polícia. Eles são Eduardo dos Santos Cerqueira e Gilmar Santos de Lima. A mãe e a esposa de Gilmar foram presas por posse de drogas, R$ 8.000 em dinheiro e arma, segundo a Polícia Civil. Os nomes delas não foram divulgados.
Todos os suspeitos presos foram encaminhados à sede do DHPP. Um dos mandados de prisão foi cumprido contra um homem que já estava preso por homicídio.
O grupo, alvo da Operação Saigon, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), também tem ligação com o tráfico de drogas na capital soteropolitana, segundo as investigações.
Por causa da operação, cinco escolas municipais foram fechadas e 1.769 alunos estão sem aula, informou a Prefeitura de Salvador. O órgão afirmou que "a sensação de insegurança" no bairro foi responsável pelo fechamento das instituições de ensino hoje.
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