MP denuncia líder religioso por estupro e violência contra 16 vítimas em SP
Os casos aconteceram em Socorro, no interior de São Paulo
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Justiça Socorro
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Preso preventivamente desde 15 de janeiro, o líder religioso suspeito de estupro e outros crimes sexuais contra ao menos 16 vítimas foi denunciado pelo MPSP (Ministério Público de São Paulo). Os casos aconteceram em Socorro, no interior de São Paulo.
Caso a denúncia seja aceita, suspeito pode responder por quatro crimes. O líder religioso -cuja identidade não foi divulgada- foi denunciado pelo MP por estupro, violência sexual mediante fraude, importunação sexual e exercício ilegal de medicina. Ao todo, 16 vítimas foram identificadas.
Homem abusava de mulheres durante 'tratamento' em um centro de umbanda. Segundo o MP, o suspeito se aproveitava de sua posição na entidade religiosa para oferecer supostos tratamentos mediúnicos feitos à base de massagens. Os crimes sexuais aconteceram durante esses procedimentos, entre 2017 e novembro de 2023.
Ele usava hipnose e se dizia 'curandeiro com poderes superiores'. "O homem se aproveitou da fragilidade física e emocional delas [vítimas] e, durante o tratamento terapêutico e de massoterapia realizado em sua casa, as induzia a tirar a roupa e cometia o abuso sexual", disse a Polícia Civil em 16 de janeiro, um dia após a prisão do suspeito.
Uma das vítimas tinha 17 anos e foi abusada na presença da própria mãe. A polícia acredita que o suspeito tenha violentado sexualmente mulheres quando trabalhava como técnico de raio-x em um hospital. Além da adolescente de 17 anos, o denunciado também atacou uma paciente e uma estagiária, de acordo com as investigações.
O QUE DIZ O SUSPEITO
Como o caso está sob sigilo e, portanto, a identidade do líder religioso não foi divulgada, a reportagem não conseguiu contato com a defesa. O espaço segue aberto para manifestação.
EM CASO DE VIOLÊNCIA, DENUNCIE
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 -Central de Atendimento à Mulher- e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.