Prefeito manda levar homem em situação de rua para 'capinar' em SC
Clésio Salvaro publicou um vídeo com a situação e dividiu opiniões de seguidores nas redes sociais
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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O prefeito de Criciúma Clésio Salvaro (PSD) usou as redes sociais para mostrar o momento em que manda uma pessoa em situação de rua "cortar a grama" no município.
Um vídeo publicado por Clésio no Instagram mostra o homem deitado em um papelão e sendo abordado pelo prefeito.
Clésio diz que o homem é um "velho conhecido". Em seguida, ele manda o secretário de Assistência Social e Habitação, Bruno Ferreira, levá-lo para trabalhar.
A publicação dividiu opiniões de seguidores nas redes sociais. Enquanto alguns deles elogiaram o ato, outros denunciaram que o homem foi humilhado e exposto.
Apesar de ter o rosto borrado no vídeo, o homem é chamado pelo primeiro nome quando o prefeito se refere a ele.
"Acho que é um velho conhecido de vocês, esse, né? Ele tomou um porre ali, costuma dormir na rua. Agora tu pega ele, leva ali para a casa de passagem, dá um banho e coloca ele para capinar e cortar a grama hoje", disse Prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, em vídeo publicado nas redes sociais.
RESPOSTA DA PREFEITURA
O UOL entrou em contato com a prefeitura de Criciúma para saber se o vídeo publicado pelo prefeito ilustra algum projeto em curso e para saber se outras pessoas em situação de rua já receberam convites semelhantes. O órgão também foi questionado sobre se as pessoas em situação de rua receberão abrigo ou remuneração pelo trabalho exercido.
Em resposta, a prefeitura afirmou que faz "abordagens frequentes" e que tem serviços de acolhimento.
A reportagem entrou em contato com o secretário Bruno Ferreira e aguarda retorno sobre o assunto. O prefeito também deve se pronunciar em breve, informou a prefeitura.
A Secretária de Assistência Social e Habitação do Município, realiza abordagem frequentes, com apoio da Defesa Civil e da Polícia Militar, temos também os serviços de acolhimento, a República e o Centro Pop.
Prefeitura de Criciúma, em nota enviada ao UOL