PF prende 22 pessoas acusadas de invadir terra Yanomami, em Roraima
Os suspeitos seguiam em direção a um garimpo ilegal, segundo a PF. A ação contou com agentes da Força Nacional, ligada ao Ministério da Justiça e Segurança, e da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas).
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Justiça YANOMAMI-TERRAS
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A PF (Polícia Federal) prendeu, entre 28 de fevereiro e última sexta-feira (1), 22 pessoas no entorno da comunidade de Palimiú, em Roraima, que fica localizada na terra indígena Yanomami.
Os suspeitos seguiam em direção a um garimpo ilegal, segundo a PF. A ação contou com agentes da Força Nacional, ligada ao Ministério da Justiça e Segurança, e da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas).
Eles utilizavam embarcações para o deslocamento. Os agentes encontraram uma arma de fogo com os suspeitos.
Os barcos também transportavam grande carga de mantimentos e combustível. Os materiais seriam utilizados para dar suporte à atividade de mineração ilegal, ainda de acordo com a PF.
Os suspeitos foram encaminhados à Superintendência Regional da PF em Roraima. Eles foram autuados em flagrante pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e ocupação de terras da União.
Crise humanitária
O Ministério da Saúde registrou 363 mortes de indígenas yanomamis em 2023, primeiro ano do governo Lula (PT). Ano passado foi também o primeiro com ações de emergência em saúde pública no território tradicional.
O número é superior ao dado oficial de 2022, quando foram apontadas 343 mortes. Porém, segundo o jornal Folha de S.Paulo, profissionais de saúde não comparam os dois anos em razão da subnotificação elevada de casos no último ano do governo Jair Bolsonaro (PL).
O presidente Lula (PT) assinou decreto, no último dia 28, em que institui a Casa de Governo no Estado de Roraima, em Boa Vista. No local, serão concentradas as ações para o enfrentamento da crise humanitária na terra Yanomami.
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