Condenado por estupro coletivo em Queimadas é preso no RJ três anos após fuga
Eduardo dos Santos Pereira estava escondido na Região dos Lagos do Rio de Janeiro
© Shutterstock
Justiça Rio de Janeiro
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil da Paraíba prendeu nesta terça-feira (19) o homem condenado como sendo o mentor de um estupro coletivo no interior do estado, em 2012, que ficou conhecido como Barbárie de Queimadas. Eduardo dos Santos Pereira estava escondido na Região dos Lagos do Rio de Janeiro.
Ele estava foragido da Justiça desde 2020, quando fugiu de uma penitenciária de segurança máxima em João Pessoa. Pereira foi localizado por agentes da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima do Rio, que agiu em conjunto com a Polícia Civil paraibana.
Questionada, a polícia não soube informar se o preso possui advogado. A reportagem não localizou a defesa dele.
O crime aconteceu na cidade de Queimadas (a 130 quilômetros de João Pessoa), em fevereiro de 2012, durante uma festa de aniversário de um irmão de Eduardo. Em determinado momento, um grupo de homens encapuzados simulou um assalto para abusar das vítimas.
Segundo a investigação, Eduardo e os comparsas, com os rostos cobertos, escolheram as mulheres que queriam estuprar e cometeram o crime. O estupro teria sido um "presente de aniversário" de Eduardo ao seu irmão.
Duas das vítimas, Izabella Pajuçara e Michelle Domingos, foram assassinadas porque reconheceram os agressores durante o estupro. Elas foram tiradas à força da casa, transportadas em um carro e assassinadas a tiros.
O caso foi investigado pela Delegacia de Homicídios de Campina Grande, o que culminou na prisão de Eduardo, do irmão dele e outros envolvidos, em menos de 24 horas.
Ao todo, sete homens foram condenados pelo crime. Três adolescentes foram sentenciados a cumprir medidas socioeducativas. A Barbárie de Queimadas foi tema do programa Linha Direta em maio de 2023.
Eduardo foi preso em 2012 e condenado a 108 anos de prisão em 2014 pelos crimes. Além dos cinco estupros, ele responde pelas mortes de Izabella e Michelle, por formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores e porte ilegal de arma.
Em novembro de 2020, conseguiu fugir da Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes de João Pessoa, conhecida como PB1. Ele trabalhava na cozinha e se aproveitou quando um policial penal esqueceu um molho de chaves no local.
Eduardo pegou as chaves, abriu o almoxarifado e saiu pela porta lateral do presídio.