Chuvas voltam ao RS nas próximas semanas e podem continuar até o final de julho
Novas chuvas, em volume moderado, são esperadas a partir do próximo fim de semana
©
Getty Images
Brasil Chuvas
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - As chuvas devem retornar ao Rio Grande do Sul de forma generalizada nas próximas semanas e devem continuar até o fim de julho, com volumes elevados a partir da segunda quinzena de junho, alertou neste domingo (9) a MetSul Meteorologia.
Novas chuvas, em volume moderado, são esperadas a partir do próximo fim de semana. "O cenário de precipitação que se esboça pelos dados de hoje é diferente daquele que se viu no fim de abril e no começo de maio, quando volumes absurdamente altos levaram a enchentes com gravidade jamais vista", ressalta a MetSul em comunicado.
O terreno já está mais seco. Nos primeiros nove dias de junho, choveu 17,5 milímetros em Porto Alegre. É 13% da média histórica do mês, de 130 milímetros, de acordo com a empresa de meteorologia.
O terreno deve secar ainda mais até a chegada das novas chuvas, já que a previsão na bacia do Guaíba é de tempo firme até a próxima sexta-feira (15). Isso deve permitir que o nível da água do Guaíba tenha "um recuo adicional, com prováveis marcas inferiores a dois metros no cais, quando voltar a chover", completa a MetSul.
A realidade até agora em junho é muito diferente da de maio. Enquanto os primeiros nove dias deste mês em Porto Alegre anotaram 17 milímetros, nos primeiros nove dias do mês passado a capital gaúcha somou 217 milímetros.
Felizmente, o retorno da chuva com maior frequência que se projeta para a segunda metade deste mês ocorre na sequência de uma primeira quinzena de junho marcada por pouca chuva em quase todo o Rio Grande do Sul, o que permitiu o recuo dos níveis dos rios e também do Guaíba em Porto Alegre.
MetSul, em comunicado divulgado em 9 de junho
Chuvas retornam na segunda semana de junho
A tendência é que a chuva retorne para a maioria das regiões do Rio Grande do Sul a partir do fim de semana que vem, de 15 a 17 de junho.
No dia 15, as chuvas devem ser moderadas. De acordo com a previsão, vão se concentrar entre o Centro, o Oeste e o Sul do estado.
No dia 16, a previsão é de mais chuva, mais forte. "Mas ainda assim sem acumulados excessivos ou extremos", informa a MetSul.
No dia 17, o tempo deve seguir chuvoso na maior parte do estado, mas sem volumes muito altos.
Assim, ao menos a partir dos dados de hoje, o cenário para os dias 15 a 17, embora seja de chuva, não aponta volumes extremos que possam gerar novas grandes enchentes. Os níveis dos rios, como não poderia deixar de ser, subirão com a chuva, mas os acumulados previstos não apontam para elevação a níveis de alerta ou críticos.
MetSul
Chuvas aumentam na segunda quinzena do mês
A tendência da segunda metade de junho é ser mais chuvosa, "e é isso que preocupa", alerta a MetSul. "Com efeito, é o médio prazo que exige maior atenção", completa.
Estão previstos muitos dias de chuva, alguns deles com mais de 100 milímetros.
O Rio Grande do Sul nesta primeira metade do mês está dentro da influência da massa de ar quente com a chuva ocorrendo ao Sul da América do Sul. Na segunda metade do mês, deixaremos de estar dentro da área de tempo firme e quente e passaremos a estar na zona de transição de massas de ar quente e frio, o que significará chuva frequente e com maiores volumes.
MetSul
Previsão para o próximo mês
O período entre 15 e 25 de julho será de chuva acima da média em parte no Rio Grande do Sul. A previsão é baseada em mapas do Centro Meteorológico Europeu divulgados pela MetSul.
Já na primeira metade de julho, "a chuva se situaria ao redor das médias históricas", diz a MetSul. Ressalta, porém, que somente mais a curto prazo a precisão da previsão é maior.
"O panorama de chuva que se publica hoje sofrerá inevitavelmente mudanças durante os próximos dias", ressalta o comunicado meteorológico. "Sob bloqueio atmosférico, por experiência, sabemos que as projeções de chuva costumam ter alterações às vezes significativas. Por isso, é fundamental que se acompanhe a previsão do tempo regularmente e apps não são recomendados em situações de risco que demandem interpretação e contexto por meteorologistas que integrem dados meteorológicos e hidrológicos", diz a MetSul.