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Empresário morreu após inalar fenol durante procedimento estético em SP, diz laudo

Henrique da Silva Chagas sofreu uma "parada cardiorrespiratória em decorrência de edema pulmonar agudo desencadeado por ação inalatória local do agente químico fenol"

Empresário morreu após inalar fenol durante procedimento estético em SP, diz laudo
Notícias ao Minuto Brasil

21:36 - 17/07/24 por Folhapress

Justiça Investigação

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Laudo produzido pelo IML (Instituto Médico Legal) atestou que o empresário Henrique da Silva Chagas, 27, morreu após inalar o produto químico fenol durante o procedimento estético conhecido como peeling de fenol, no dia 3 de junho em uma clínica no Campo Belo, na zona sul de São Paulo.

 

De acordo com o documento, Chagas sofreu uma "parada cardiorrespiratória em decorrência de edema pulmonar agudo desencadeado por ação inalatória local do agente químico fenol".

A influenciadora Natalia Fabiano de Freitas Antonio, conhecida como Natalia Becker, proprietária da clínica, é investigada por homicídio com dolo eventual por ter assumido o risco de matar. Ela não tinha autorização para realizar o procedimento.

Em nota, a advogada Tatiane Forte, que representa Natalia Becker, disse que peritos contratados pela defesa "estão analisando os laudos e a análise é exclusivamente técnica".

"Estamos totalmente comprometidos e empenhados na apuração da verdade dos fatos, mas, pela simples leitura do laudo, não há prova de causa ou responsabilidade relacionada à Natália", acrescentou.

Ainda segundo o laudo, a inalação do ácido volátil fenol, usado topicamente na pele da vítima e identificado qualitativamente em exame toxicológico em fragmentos de pele e tecido, provocou alterações em epiglote, laringe, traqueia e pulmões, culminando num edema pulmonar agudo responsável pela morte.
As alterações ocasionaram danos na função respiratória, diz trecho do laudo, ao qual a reportagem teve acesso.

O médico legista Ricardo Rioji Fusel de Ue, responsável pelo laudo, ainda descreveu que a escarificação apresentada na face poderia ter contribuído para um aumento da absorção do produto, embora o mesmo não tenha sido detectado na amostra de sangue estudada. Nas amostras de sangue coletadas do corpo da vítima não foram encontrados resquícios de drogas, álcool ou medicamentos.

O laudo era aguardado por delegados do 27° DP (Campo Belo), que investiga o caso.

Chagas pagou R$ 4.500 pelo tratamento, e foi à clínica acompanhado pelo namorado.

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