Cenipa finaliza primeira etapa da investigação da queda de avião em Vinhedo
No sábado (10), a FAB afirmou que os dois gravadores de voo -conhecidos popularmente como caixa-preta- foram transferidos para o Labdata (Laboratório de Análise e Leitura de Dados de Voo), do Cenipa e a análise teve início.
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Brasil AVIÃO-SP
FRANCISCO LIMA NETO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A FAB (Força Aérea Brasileira) afirmou que os investigadores do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) concluíram na manhã desta segunda-feira (12) a ação inicial envolvendo a aeronave de matrícula PS-VPB que caiu em Vinhedo (SP), na sexta (9), deixando 62 pessoas mortas. Nessa fase, é feita a atuação e análise no local do acidente.
"Desse modo, a investigação do acidente aeronáutico segue sendo realizada, com o levantamento de outras informações necessárias, a fim de identificar os possíveis fatores contribuintes", afirmou a FAB.
O Cenipa reforçou que a previsão é de divulgar em 30 dias o relatório preliminar do acidente.
No sábado (10), a FAB afirmou que os dois gravadores de voo -conhecidos popularmente como caixa-preta- foram transferidos para o Labdata (Laboratório de Análise e Leitura de Dados de Voo), do Cenipa e a análise teve início.
"Os trabalhos preliminares de preparação, extração e degravação de dados foram iniciados pelos investigadores e devem prosseguir, de maneira ininterrupta, pelas próximas horas", afirmou o órgão.
Segundo a FAB, após a conclusão da chamada ação inicial, realizada no local do acidente em Vinhedo, a investigação avança para a fase de análise de dados.
"Neste estágio, serão examinadas as atividades relacionadas ao voo, o ambiente operacional e os fatores humanos, bem como um estudo pormenorizado de componentes, equipamentos, sistemas, infraestrutura, entre outros", diz a nota enviada à imprensa.
O acidente aéreo de Vinhedo é considerado de alta complexidade. Uma das preocupações é que pudesse ter havido danificação da caixa-preta, o que não ocorreu. As hipóteses para o acidente ainda não levam a nenhuma conclusão.
Embora especialistas tenham afirmado que poderia ter ocorrido um congelamento das asas, essa informação foi descartada pela empresa, a Voepass, antiga Passaredo, que diz que o avião usado -ATR 72-500- é um modelo seguro, que não tem esse tipo de falha.
A aeronave tinha os certificados e as vistorias em dia. O último laudo é de junho deste ano.
O avião estava com 62 pessoas a bordo e caiu em uma área residencial de Vinhedo, no interior de São Paulo, sem deixar sobreviventes. A aeronave saiu de Cascavel (PR), às 11h50, com destino ao aeroporto de Guarulhos (SP). A chegada estava prevista para 13h40; cerca de 20 minutos antes, houve a queda.