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Defesa de neta de Arlindo Cruz recorre ao STF em caso de racismo

A família afirma que ela sofreu ataques racistas em junho, durante aulas de vôlei na Escola Mais, em São Paulo

Defesa de neta de Arlindo Cruz recorre ao STF em caso de racismo
Notícias ao Minuto Brasil

09/10/24 17:24 ‧ Há 1 Hora por Folhapress

Fama Justiça

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A defesa da neta de 11 anos do sambista Arlindo Cruz recorreu ao Supremo Tribunal Federal para se manifestar no processo em que a menina figura como vítima de racismo. A família afirma que ela sofreu ataques racistas em junho, durante aulas de vôlei na Escola Mais, em São Paulo.

 

Defesa havia sido autorizada apenas a acompanhar o desenrolar das investigações. Decisões da Vara da Infância e da Adolescência e do Tribunal de Justiça de São Paulo impuseram restrições para a participação da defesa da criança no processo.

"Não pode se manifestar no processo, não pode pedir nada ao juiz", afirma o advogado Hédio Silva Júnior. "É uma função meramente contemplativa", complementa o defensor, que representa a menina com Anivaldo dos Anjos Filho.

O argumento é que o autor do suposto ato, por ser adolescente, deve ser protegido. A regra é estabelecida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.

"Neste caso, o princípio constitucional da proteção integral e absoluta da criança e do adolescente está se aplicando exclusivamente ao autor do ato, não à vítima, o que é absurdo", afirma Silva Júnior. Para ele, "não parece ser mera causalidade que este silenciamento se dê quando a imputação recai sobre adolescente branco de classe média alta".

Os advogados da neta de Arlindo Cruz defendem que as decisões sejam impugnadas e declaradas inconstitucionais pelo STF. Para isso, propuseram à PGR (Procuradoria Geral da República) que acionasse uma ADPF, sigla para Ajuizamento de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental.

SAMARA FELIPPO

Hédio e Anivaldo estão à frente de outros dois casos envolvendo escolas e racismo. Um deles é o da filha da atriz Samara Felippo. Em abril, ela foi às redes sociais e disse que a filha de 14 anos sofreu racismo de duas colegas no Colégio Vera Cruz, em São Paulo.

A denúncia está sendo investigada. Hédio Silva Júnior também recorreu ao STF neste caso, já que a defesa foi impedida de ter acesso aos autos do processo - a autorização é para que seja apenas ouvinte. A justificativa do TJ-SP é a de que, ao conhecer os autos, a vítima e seus representantes saberiam de detalhes da vida das adolescentes acusadas de racismo, contrariando o ECA.

A defesa ainda aguarda a resposta da Suprema Corte.

COLÉGIO BANDEIRANTES

Os advogados também representam a família do estudante do colégio Bandeirantes que se suicidou em agosto. Ele tinha 14 anos e era bolsista. Antes de morrer, o adolescente deixou um áudio mencionando colegas que, segundo afirmou, o perseguiam.

A acusação é de racismo, homofobia e tortura racial. Hédio e Anivaldo preparam ação cível contra a escola, o Ismart (a ONG que escolheu o estudante como bolsista do Bandeirantes) e os pais dos quatro colegas citados.
A expectativa é que a ação seja impetrada até o fim deste mês.

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