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OMS lista causadores de doenças que devem ser prioridade no desenvolvimento de vacinas

O estudo foi publicado nesta terça-feira (5), na revista eBioMedicine

OMS lista causadores de doenças que devem ser prioridade no desenvolvimento de vacinas
Notícias ao Minuto Brasil

09:36 - 20/12/24 por Folhapress

Mundo Saúde

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A OMS (Organização Mundial da Saúde) listou 17 patógenos -entre vírus, bactérias e protozoários-causadores de doenças que devem ser prioridade para a pesquisa e o desenvolvimento de novas vacinas.

 

O estudo, financiado por uma doação da Fundação Bill e Melinda Gates, foi publicado na revista eBioMedicine.

O trabalho é o primeiro esforço global para priorizar patógenos endêmicos com base em critérios como carga regional de doenças, risco de resistência antimicrobiana e impacto socioeconômico.

Em cinco das seis regiões da OMS, as mortes anuais em crianças menores de cinco anos e a contribuição para a resistência antimicrobiana foram os critérios mais ponderados.

Para o estudo, a OMS pediu a especialistas internacionais e regionais que identificassem os fatores mais importantes na decisão de quais vacinas introduzir e usar. A análise das preferências, combinada com dados regionais, resultou nos dez prioritários para cada região da OMS (África, Américas, Europa, Mediterrâneo Oriental, Pacífico Ocidental e Sudeste Asiático).

Entre as urgências estão o vírus HIV, a malária e a tuberculose. Juntos, os três causam quase 2,5 milhões de mortes por ano.

Segundo Kate O'Brien, diretora do Departamento de Imunização, Vacinas e Produtos Biológicos da OMS, muitas vezes as decisões globais sobre novas vacinas foram impulsionadas pelo retorno do investimento e não pelo número de vidas que poderiam ser salvas nas comunidades mais vulneráveis.

Para a médica, o estudo usa experiência e dados regionais para avaliar vacinas que não apenas reduziriam significativamente as doenças que afetam muito as comunidades hoje, mas também os custos médicos que as famílias e os sistemas de saúde enfrentam.

As vacinas para os patógenos listados abaixo estão em diferentes estágios de desenvolvimento.

Patógenos onde a pesquisa de vacinas é necessária

  • Streptococcus do grupo A - causador da escarlatina, problemas de pele e febre reumática, por exemplo
  • Vírus da hepatite C
  • HIV-1
  • Klebsiella pneumoniae - provoca pneumonia, infecções sanguíneas, do trato urinário e meningiteAgentes patogênicos em que as vacinas têm de ser mais desenvolvidas
  • Citomegalovírus - pertence à família do vírus da herpes. Capaz de causar infecção no corpo, encefalite e pneumonia
  • Vírus da gripe (vacina amplamente protetora)
  • Espécies de Leishmania - que causa leishmaniose
  • Salmonella não tifoide - responsável pela gastroenterite e outras doenças causadas por alimentos
  • Norovírus - transmitido por água e elimentos contaminados também causa doenças gastrointestinais e diarreias virais
  • Plasmodium falciparum - protozoário causador da malária
  • Espécies de Shigella - responsável pela shigelose (infecção aguda do intestino)
  • Staphylococcus aureus - pode provocar infecções de pele e algumas vezes pneumonia, endocardite e osteomielitePatógenos em que as vacinas estão se aproximando da aprovação regulatória, recomendação de política ou introdução
  • Vírus da dengue
  • Streptococcus do grupo B - pode causar infecção grave e sepse em recém-nascidos
  • E. coli patogênica extraintestinal - associada a infecções urinárias e diarreia
  • Mycobacterium tuberculosis - causa tuberculose
  • VSR (vírus sincicial respiratório) - principal causador da bronquiolite

A lista apoia o objetivo da Agenda de Imunização 2030 de garantir que todos possam se beneficiar de vacinas que os protejam de doenças graves.

Segundo a OMS, as conclusões do relatório sobre patógenos endêmicos fazem parte do trabalho para identificar e apoiar as prioridades e necessidades de pesquisa dos programas de imunização em países de baixa e média renda, para informar a agenda global de pesquisa e desenvolvimento de vacinas e avançar no desenvolvimento e aceitação de vacinas prioritárias, principalmente contra patógenos que causam o maior fardo de saúde pública e maior impacto socioeconômico.

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