Temporal no RS afeta 35 cidades e alaga rodoviária de Porto Alegre
Mais de 440 mil pessoas ficaram sem luz após o avanço de uma frente fria que trouxe raios, ventos fortes e chuvas ao estado
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Brasil CHUVA-RS
(FOLHAPRESS) - Um temporal que atingiu o Rio Grande do Sul na noite deste domingo (1) causou transtornos em ao menos 35 cidades. Mais de 440 mil pessoas ficaram sem luz após o avanço de uma frente fria que trouxe raios, ventos fortes e chuvas ao estado.
A rodoviária de Porto Alegre foi parcialmente interditada no fim da noite após um alagamento tomar conta do pavimento inferior. A água escoou na madrugada, mas o espaço só foi liberado pela manhã após limpeza do calçamento e de lojas atingidas.
Os ventos chegaram a 80 km/h e causaram oscilações e quedas de luz na capital, que registrou pontos de alagamento na noite de domingo e madrugada de segunda-feira, especialmente em áreas atingidas pela enchente em maio.
A água encobriu os paralelepípedos na travessa dos Venezianos, reduto de vida noturna no bairro Cidade Baixa, e deixou frequentadores de bares ilhados. Em maio, a enchente alcançou mais de 1 metro no local.
Trechos de asfalto da avenida Cristóvão Colombo, no bairro Floresta, ficaram submersos e impediram a passagem de carros. De acordo com a EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação), os pontos de alagamento já foram liberados, mas três ruas tiveram o trânsito totalmente interrompido devido à queda de árvores.
Boletins meteorológicos da Redemet (Rede de Meteorologia do Comando da Aeronáutica) apontaram que, entre meia-noite e 1h02 de segunda-feira, a temperatura no aeroporto Salgado Filho chegou a 33°C, com pressão atmosférica de 999 hPa, considerada baixa. Esses fatores são indicativos de risco de temporais. Na manhã de segunda-feira, a chuva diminuiu, e o sol voltou à capital.
Em Arroio do Tigre, o teto de um pavilhão desabou com o vento durante uma festa comunitária. Ao menos 50 pessoas ficaram feridas, todas em estado estável e sem risco de morte. Uma das vítimas foi transferida para um hospital em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, devido a uma fratura na pélvis.
Entretanto, segundo informado pelo município à Defesa Civil estadual, o hospital opera com geradores que não têm capacidade para alimentar os equipamentos de imagem. Sem registrar danos pelo temporal, Canoas ainda se recupera dos prejuízos causados pelas enchentes de maio, que afetaram as principais unidades de saúde.
Todas as regiões do Rio Grande do Sul registraram destelhamentos ou outros danos. O instituto de meteorologia MetSul informou que o estado contabilizou cerca de 234 mil raios em um período de 24 horas, entre as 9h de domingo e segunda-feira.
Em Carazinho, no norte do estado, o vento destelhou cerca de 50 residências e derrubou árvores. A queda de árvores obstruiu um trecho da BR-386 em São José do Herval, e a concessionária da rodovia trabalha na desobstrução.
Em Uruguaiana, na fronteira oeste, foram registrados vendavais e 70 mm de chuva. Em Camaquã, na região sul, foram 61 mm. O governo do Uruguai decretou alerta para risco de tempestades nas províncias de Artigas e Rivera, que fazem fronteira com o Rio Grande do Sul.
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