Família de soldado baleado não quer desligar aparelhos
Soldado teve morte cerebral mas familiares não permitiram o desligamento dos aparelhos
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Brasil Rio
A família de Hélio Vieira Andrade, 35, soldado da Força Nacional que cuidava da segurança da Olimpíada e foi baleado na cabeça quarta-feira (10), não permitiu o desligamento dos aparelhos no Hospital Salgado Filho, no Rio, para onde foi socorrido.
O presidente Michel Temer e a governadora de Roraima, Suely Campos (PP), já declararam luto oficial pela morte de Andrade, mas o pai do soldado, Aquino de Souza Andrade, 62, disse à reportagem na noite desta sexta-feira (12) que a família decidiu não permitir o desligamento dos aparelhos.
"Disseram que ele teve morte cerebral, mas não deixamos desligar, pois Deus é poderoso e temos fé. O resto [do corpo] funciona, queremos tentar a avaliação de um outro médico, para confirmar isso [morte] ou termos outra possibilidade. Nunca vamos desistir dele", disse o pai, que está em Boa Vista (RR), onde a família reside.
A mãe do soldado, Martinha Vieira Andrade, está no Rio. A reportagem tentou falar com ela, mas um membro da Força Nacional atendeu seu celular e apenas confirmou que os aparelhos não foram desligados e que todos estão orando."Não quero pensar em enterro", disse o pai do soldado.
Apesar disso, o governo de Roraima já está preparado para receber o corpo do soldado, que deve ser levado por um avião da Polícia Federal até Boa Vista, onde está previsto ser enterrado com honras militares. Com informações da Folhapress.