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Pasquale Neto sobre Carmem Lúcia: "o cargo é presidente ou presidenta"

O professor esclareceu: "'Data venia', Excelência, o cargo é de presidente ou presidenta"

Pasquale Neto sobre Carmem Lúcia: "o cargo é presidente ou presidenta"
Notícias ao Minuto Brasil

08:42 - 18/08/16 por Notícias Ao Minuto

Brasil Explicação

A ministra Carmem Lúcia se viu envolvida no meio da polêmica que conta também o nome da presidente afastada Dilma Rousseff, sobre o uso da palavra "presidenta". Ao assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) e ser chamada de 'presidenta' por Ricardo Lewandowski, a ministra respondeu: "Eu fui estudante e eu sou amante da língua portuguesa, eu acho que o cargo é de presidente, não é não?".

O professor de português e colunista da Folha de S. Paulo, entretanto, esclareceu o assunto: "'Data venia', Excelência, o cargo é de presidente ou presidenta".

E explicou, em sua coluna: "Essa questão atormenta o país desde que Dilma Rousseff venceu a primeira eleição e disse que queria ser chamada de "presidenta", porque, para ela, a forma feminina acentua a sua condição de mulher, a primeira mulher a presidir o país. Esse argumento me parece frouxo e um tanto infantil. O que acentua o fato de Dilma ser mulher é justamente o fato de ela ser mulher, mas respeito a escolha dela e os que acham justo esse argumento".

O professor aproveitou para rebater os argumentos utilizados na internet para defender o uso exclusivo da palavra 'presidente'.

"O que não se pode, de jeito nenhum, é ditar "regras" linguísticas totalmente desprovidas de fundamento técnico, mas foi justamente isso o que mais se viu/ouviu/leu desde que Dilma manifestou a sua preferência por "presidenta", forma que não foi inventada por ela. Na bobajada que se lê na internet, o argumento mais frequente é justamente o da inexistência de "serventa", "adolescenta" etc., como se a língua fosse regida unicamente por processos cartesianos".

No ano passado, um boato na internet atribuía a Pasquale a seguinte declaração: "Falou 'presidenta', já sei que é retardado". O espaço do professor, então, foi utilizado ainda para esclarecer: "Aproveito para lembrar que não tenho feicibúqui, tuíter, instagrã etc., portanto toda a bobajada internética a mim atribuída é falsa. É isso".

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