As prisões mais recentes de São Paulo, inauguradas a partir de 2010, já se encontram superlotadas. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, 18 dos 20 presídios já recebem mais detentos do que sua capacidade, o que levanta a discussão de especialistas sobre a ampliação de penas alternativas como forma de reduzir a população carcerária do estado.

"Esses crimes (do tipo patrimoniais) representam 40% do total. É preciso valorizar substitutivos penais para crimes patrimoniais, pois isso reflete diretamente na redução da população carcerária", afirma a coordenadora do núcleo de situação carcerária da Defensoria Pública do Estado, Flavia D'Urso

Ao todo, as novas unidades abrigam 26.872 detentos, segundo a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (SAP), sendo a capacidade máxima de 17.613. O excedente de 53% acontece tanto nos presídios masculinos quanto nos femininos, CDPs (Centros de Detenção Provisória) e CPPs (Centros de Progressão Penitenciária). Para que todos os detentos fossem alojados adequadamente, seriam necessárias mais 11 prisões.