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Desembargador sugere que imprensa ganha dinheiro do crime

O magistrado também afirmou que ONGs de direitos humanos ganhem verba do crime.

Desembargador sugere que imprensa ganha dinheiro do crime
Notícias ao Minuto Brasil

15:57 - 04/10/16 por Folhapress

Brasil Carandiru

O desembargador Ivan Sartori, um dos responsáveis pela anulação do júri do massacre do Carandiru, sugeriu que a imprensa paulista receba dinheiro do crime organizado.

O magistrado também afirmou que ONGs de direitos humanos ganhem verba do crime.

"Diante da cobertura tendenciosa da imprensa sobre o caso Carandiru, fico me perguntando se não há dinheiro do crime organizado financiando parte dela, assim como boa parte das autodenominadas organizações de direitos humanos", escreveu o desembargador em sua página em uma rede social na tarde desta terça-feira (4).

No último dia 27, o Tribunal de Justiça anulou o julgamento que havia condenado 74 policiais militares pelas mortes de 111 presos no episódio que ficou conhecido como massacre do Carandiru.

Foi Sartori quem presidiu a sessão. Além de votar pela anulação do júri, o desembargador ainda pediu a absolvição dos réus, sem necessidade de novo júri. Ele afirmou que "não houve massacre no Carandiru, mas sim legítima defesa [por parte dos PMs]".

O voto foi vencido —os outros dois desembargadores, Edison Brandão e Camilo Léllis, votaram pela anulação, não pela absolvição. Mas ainda há chances de prevalecer —dois outros desembargadores opinarão sobre a questão.

Em sua publicação, Sartori também criticou o Ministério Público. Afirmou que o órgão não conseguiu individualizar as ações de cada um dos PMs durante o massacre.

"Que pode algum assassino ter agido ali no meio dos policiais, não se nega. Eu sempre ressalvei isso. Mas, qual é ou são eles? Esse o problema. O Ministério Público não individualizou. Preferiu denunciar de "baciada", como disse um dos julgadores", escreveu o magistrado.

Sartori já ocupou o cargo de presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo entre 2012 e 2013. Com informações da Folhapress.

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