Freixo e Crivella se atacam em debate
Candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro trocaram acusações envolvendo questões religiosas e apoio de milícias
© Reprodução/Ibope
Brasil Eleições
Os candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro protagonizaram um debate agressivo, na noite dessa terça-feira (18), na Rede TV. Em tons de acusação, logo de início, Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL) falaram sobre temas religiosos e black blocs.
Enquanto Freixo acusou Crivella de ter muito ódio no coração, usando trechos do livro publicado pelo candidato do PRB, em que ele afirma que os católicos praticam doutrinas demoníacas, Crivella contra-atacou e disse que os black blocs defendidos por Freixo é que têm as "mãos sujas de sangue".
O candidato do PSOL negou relação com o grupo e ainda afirmou que Crivella é ligado a um bispo que chutou a imagem de Nossa Senhora, alegando que alguém com tanta intolerância religiosa não pode ser prefeito do Rio de Janeiro.
Já Crivella defendeu-se da acusação e admitiu ter usado “palavras erradas” no seu livro “Evangelizando a África”.
Questões ligadas à habitação, saúde, segurança e educação também foram expostas. O candidato do PSOL disse fará uma revisão nas cobranças de IPTU, principalmente na Zona Oeste, mas garantiu que não irá congelar investimentos na saúde e na educação. "Como o seu partido está apoiando em Brasília", disse dirigindo-se a Crivella, em referência à PEC do teto de gastos votada na Câmara dos Deputados.
Já Crivella ironizou o programa de governo de Freixo, alegando que o adversário só sabe “fazer mapa e olhar diagnóstico”.
Outro momento polêmico se deu quando Freixo citou o apoio de milicianos ao candidato do PRB, para ouvir de Crivella que "ela (a ex-vereadora Carminha Jerominho, filha do miliciano Jerominho Guimarães) é uma cidadã livre para declarar apoio a quem quiser".
Leia também: TSE aprova envio de tropas para segundo turno das eleições no Rio