Devido a ocupações, 191 mil estudantes farão o Enem em dezembro
De acordo com o Inep, 300 escolas que serviriam como locais de prova estão ocupadas
© Marcelo Camargo / Agência Brasil
Brasil Educação
Cerca de 300 escolas marcadas como locais de aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) terão as provas adiadas devido às ocupações, informou o Ministério da Educação.
O balanço foi divulgado nesta terça-feira (1) pelo Inep, instituto da pasta responsável pelo exame. O Enem está marcado para sábado (5) e domingo (6).
Ao todo, dos 16 mil locais selecionados para aplicação das provas do Enem, 304 permaneciam ocupados por estudantes até as 12h desta terça. O número abrange escolas de educação básica e instituições de ensino superior distribuídas em 127 municípios de 20 Estados.
O adiamento atinge 191.494 inscritos. Com a mudança, as novas provas devem ser aplicadas em 3 e 4 de dezembro, em locais que ainda serão definidos, segundo o MEC.Estudantes devem ser avisados por SMS sobre o adiamento a partir da noite desta terça-feira.
Para a presidente do Inep, Maria Inês Fini, a mudança não deve afetar os estudantes. "Temos como analisar os resultados a tempo para que sejam incluídos na lista do Sisu e do Fies", afirma.
"Não acredito que mais de um mês aumentará a vantagem de uns em relação a outros", disse.
OCUPAÇÕES
A mudança das datas de provas ocorre diante do fim do prazo estabelecido pela pasta para que as escolas selecionadas como locais de prova sejam desocupadas pelos estudantes.
Os alunos protestam contra a PEC que estabelece um teto para os gastos públicos e a proposta de reforma do ensino médio.
Para Fini, as ocupações são um movimento "legítimo", "mas que afeta a vida de outros estudantes que precisariam destes locais para terem a prova aplicada", disse.
Segundo ela, seria inviável manter a data original do Enem para todos os inscritos, com a seleção de outros locais para aplicar as provas em substituição aos ocupados. "Não é fácil trocar o local de prova. Temos que garantir a mesma isonomia", afirmou. Com informações da Folhapress.
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