A polícia de São Paulo fez uma operação na manhã desta sexta-feira (4) na escola nacional Florestan Fernandes, destinada à formação de militantes sem-terra.

A escola pertence ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Dez carros da polícia chegaram à porta da instituição, em Guararema (Grande São Paulo), por volta das 9h30.

Coordenador nacional do movimento, João Paulo Rodrigues afirma que os policiais pularam a janela da recepção e invadiram a escola, que depois foi cercada. "Entraram atirando", diz.

De acordo com ele, havia cerca de 200 alunos na escola no momento da operação.A ação em Guararema é uma colaboração às polícias dos Estado do Paraná e de Mato Grosso do Sul, que buscam integrantes do movimento. A suspeita é que um dos procurados esteja escondido no local.

Segundo o MST, a invasão ocorreu sem autorização da Justiça. "O MST repudia a ação da polícia de São Paulo e exige que o governo e as instituições competentes tomem as medidas cabíveis nesse processo. Somos um movimento que luta pela democratização do acesso a terra no país e a ação descabida da polícia fere direitos constitucionais e democráticos", afirmou a assessoria do movimento, em nota.

Procurada, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo ainda não se manifestou.

Gilmar Mauro, um dos coordenadores do movimento, afirma que duas pessoas foram levadas pela polícia para esclarecimentos. Ele diz que participava de uma reunião na escola na hora da operação e que os policiais atiraram para o chão. "Nosso medo foi de que alguém fosse atingido." Com informações da Folhapress.

Veja acima o vídeo publicado pelo MST no Facebook com imagens da operação.

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