ONU: ações para conter impacto de desastre em Mariana são insuficientes
A tragédia que deixou 19 mortos e causou um rastro de destruição ao longo do rio Doce até o litoral do Espírito Santo completa um ano neste sábado (5)
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Brasil Barragem
A ONU divulgou nesta sexta-feira (4) um apelo para que o governo brasileiro e as empresas envolvidas no rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), tomem medidas urgentes para conter os impactos da tragédia. Segundo o órgão, as ações tomadas até agora foram "simplesmente insuficientes".
A tragédia que deixou 19 mortos e causou um rastro de destruição ao longo do rio Doce até o litoral do Espírito Santo completa um ano neste sábado (5). Cerca de 40 bilhões de litros de lama se espalharam por um trajeto de 650 km.
"Após um ano, muitas das seis milhões de pessoas afetadas continuam sofrendo. Acreditamos que seus direitos humanos não estão sendo protegidos em vários sentidos", aponta o órgão.
Segundo as Nações Unidas, essa situação inclui "impactos nas comunidades indígenas e tradicionais, problemas de saúde nas comunidades ribeirinhas, o risco de subsequentes contaminações dos cursos de água ainda não recuperados, o avanço lento dos reassentamentos e da remediação legal para toda a população deslocada, e relatos de que defensores dos direitos humanos estejam sendo perseguidos por ação penal".
O relatório assinado por especialistas ligados à ONU pede esclarecimentos sobre a qualidade da água, a saúde das vítimas e o destino das comunidades forçadas a abandonar suas casas. Ele aponta ainda o receio de que mais rejeitos possam atingir as regiões no período de chuva.
As empresas Samarco, Vale e BHP Billiton são citadas no comunicado, que critica seus esforços para conter o vazamento de lama.'Esforços' Com informações da Folhapress.
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