Desmatamento da Amazônia cresce, em um ano, cinco cidades de SP
O Amazonas foi o estado mais atingido, com um desmatamento 54% maior que o de 2015. O Pará perdeu 3.025 km² de floresta, a maior taxa da Amazônia Legal
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Brasil Meio Ambiente
Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revelam que de agosto de 2015 a julho deste ano a Amazônia perdeu 7.989 km² de área florestal, o equivalente a cinco vezes o tamanho do município de São Paulo. O aumento de 29% foi provocado por desmatamento e queimadas.
A marca superior a 7 mil km² não era registrada desde 2010 e foi detectada pelo sistema do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes). Os principais motivos para o desmatamento foram a retirada de madeira para fins comerciais, abertura de pastagens e de áreas para plantio de soja.
O Amazonas foi o estado mais atingido, com um desmatamento 54% maior que o de 2015. O Pará perdeu 3.025 km² de floresta, a maior taxa da Amazônia Legal. Os únicos estados onde o desmatamento recuou foram Amapá (-4%) e Mato Grosso (-6%). Em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, o coordenador geral da Fundação Vitória Amazônica, Fabiano Lopez Silva, admite que o cenário é bastante preocupante.
"Existem dois fatores primordiais nessas taxas de desmatamento. O primeiro, que a gente vem observando nos últimos anos, é que houve uma mudança de padrão nos desmatamentos na região do sul e nordeste da Amazônia, onde grandes porções de terra eram desmatadas de uma vez só. Nos últimos dois, três anos, o desmatamento se dá de forma mais seletiva e de uma maneira em que os satélites têm muito mais dificuldade de monitorar e identificar." O segundo ponto fundamental, segundo o especialista, está ligado à crise, especialmente dos estados e do governo federal que têm impactado de forma bastante crítica os orçamentos. Com informações do Sputnik Brasil.
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