Manifestações pró-Lava Jato reúnem milhares pelo país
Maiores concentrações de pessoas, até o momento, estão reunidas em Copacabana, no Rio, em Brasília, em Belém e em Belo Horizonte
© Reprodução / Facebook
Brasil anticorrupção
Organizado pela internet pelo movimento Vem Pra Rua, os protestos realizados em diversas cidades do Brasil, neste domingo (4), já reúnem milhares de pessoas contra a corrupção e a favor da Lava Jato.
Um dos principais alvos dos protestos é o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que teve seu nome escrito no desenho de um rato com o rabo preso a uma ratoeira denominada Lava Jato. Além dele, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), também é citado.
Parte dos manifestantes criticam a decisão do STF de não criminalizar o aborto até o terceiro mês de gestação.
Com a faixa "je suis Moro" - eu sou Moro, em francês -, um carro de som empurra uma multidão em Copacabana.
Segundo o G1, as maiores concentrações de pessoas, até o momento, estão reunidas em Copacabana, no Rio, em Brasília, em Belém, em Belo Horizonte, entre outros locais.
Uma ameaça de chuva já dispersa manifestantes que estão em frente ao Congresso Nacional, em Brasília.
Polêmica
De acordo com uma publicação da BBC, a presença de militantes de esquerda nos protestos balançou a aliança entre o grupo organizador do evento e o Movimento Brasil Livre (MBL).
O Vem Pra Rua, em seu evento no Facebook, convocou todos os que defendem a Lava Jato e a aprovação do projeto das Dez Medidas Contra a Corrupção a participarem das manifestações, o que causou repúdio por parte do MBL.
"Quer dizer que gente que saiu às ruas pedindo a saída de Dilma Rousseff, defendeu a Lava Jato até aqui, agora está topando conversar com a extrema esquerda para eventualmente defender um Fora Temer. Como assim?", questionou Renan Santos, do MBL, pelo Facebook.
O líder do Vem Pra Rua, Rogério Chequer, também pelas redes sociais, se explicou: "O Vem Pra Rua não é a favor de Fora Temer. Nós não temos nenhum interesse de tirar o Temer do poder".
Em entrevista à BBC Brasil, Chequer disse que não pode controlar quem participa de seus atos. "Espero que pessoas desalinhadas não se interessem em vir", disse.
Para Chequer, o governo do presidente Michel Temer tem "intenções extremamente positivas para o Brasil". "A aprovação da PEC do teto é uma delas. Um ajuste inevitável, goste ou não, mesmo as pessoas que serão de alguma forma afetadas e devem ser protegidas por um plano de transição. Ninguém vai ter direitos se essa reforma não for feita porque o Estado vai quebrar antes", completou.
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