OMS alerta que surto de febre amarela deve se espalhar
Principal motivo seria a cobertura vacinal ainda pequena em áreas que antes não eram classificadas como de risco
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Brasil Saúde
A febre amarela já chegou em seis estados do país: há casos confirmados ou suspeitas em Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul. São 107 mortes suspeitas, 555 casos notificados e 87 confirmados. E a situação deve piorar, na previsão da Organização Mundial de Saúde (OMS).
A OMS informou nesta sexta-feira (27) que, apesar das autoridades brasileiras estarem trabalhando para conter o surto, a cobertura vacinal ainda é pequena em áreas que antes não eram classificadas como de risco. E,com a movimentação de pessoas entre os estados, o perigo de transmissão urbana "não pode ser excluído", alerta o informe publicado pela Folha de S.Paulo.
A via mais comum de transmissão da febre amarela no Brasil é por meio de mosquitos de silvestres, mas é possível que a doença seja transmitida também pelo inseto transmissor de arboviroses (dengue, zika e chikungunya), o Aedes aegypti, como ocorreu em 1942.
O Ministério da Saúde respondeu ao comunicado garantindo que "o risco de reurbanização da febre amarela é muito baixo". A justificativa é que, levantamento feito durante proliferação da dengue, em 2016, revela que apenas 8,6% municípios tiveram incidência da doença maior que 4%. Ou seja, "tinham risco de epidemia".
A OMS confirma que, até o momento, não há evidências de contaminações urbanas. O texto também esclarece que não há restrições de viagens ao país, mas alerta para a necessidade de vacinação pelo menos dez dias antes da ida a áreas afetadas.
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