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Município monta ação de 'guerra' contra febre amarela

Américo Brasiliense registrou primeira morte em decorrência da doença em São Paulo

Município monta ação de 'guerra' contra febre amarela
Notícias ao Minuto Brasil

10:00 - 03/03/17 por Estadão Conteúdo

Brasil Saúde

Desde que registrou a primeira morte por febre amarela no Estado de São Paulo, em janeiro deste ano, a cidade de Américo Brasiliense, com 38,2 mil habitantes, está em guerra contra o vírus. Dois meses após o óbito, o Departamento de Saúde registra 3,5 mil domicílios visitados e 2,4 mil pessoas vacinadas apenas na área urbana. Na zona rural, onde aconteceu a contaminação, equipes foram de casa em casa e aplicaram 130 vacinas.

Desde janeiro, a prefeitura retirou 150 caminhões com possíveis criadouros de mosquitos transmissores da doença, entre eles o Aedes aegypti, responsáveis também pela contaminação de dengue, zika e chikungunya. Cartazes de alerta foram espalhados pelo município. Grande parte desse trabalho é feita por voluntários, segundo a diretora de Saúde do município, Eliana Marsili. "Mais de 150 pessoas se apresentaram para nos ajudar", conta.

No retorno das aulas, a campanha contra a doença entrou nas escolas. Os alunos foram desafiados a fazer trabalhos sobre a febre amarela e a levar o conteúdo para os pais. "Está sendo uma operação de guerra. Tivemos até ajuda da Força Nacional. O resultado é que não tivemos nenhum outro caso", disse.

Cachoeira

A única vítima da febre amarela, Luíza Pires de Oliveira, de 68 anos, moradora do bairro urbano Santa Terezinha, morreu em 3 de janeiro, depois de apresentar os sintomas da doença. No dia do Natal, após o almoço, ela foi até a Cachoeira do Pirapora, na zona rural da vizinha Santa Lúcia. O mal-estar começou no dia seguinte.

Com dor de cabeça, febre e vômito, ela foi levada a um hospital e submetida a exames de sangue e urina. Na sequência, foi diagnosticada com suspeita de dengue. Como não melhorava, foi transferida para um hospital em Araraquara. "Ela foi direto para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e não saiu com vida", diz a filha Regina Garcia. Só então Luíza, viúva, mãe de 11 filhos, foi diagnosticada com febre amarela. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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