Aprovados no Enem dão dicas de como estudar
Acabou o carnaval, começa o ano: para estudantes, é hora de estudar
© Suami Dias/ GOVBA
Brasil Educação
A Quarta-feira de Cinzas levou, junto com o carnaval, as desculpas para protelar o começo dos estudos para o Exame Nacional do Ensino Médio – Enem 2017. Conforme dados do Ministério da Educação, o edital com as informações sobre as inscrições deve ser publicado no final do mês de abril, na página enem.inep.gov.br.
O Instituto Nacional de Educação e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela aplicação das provas, informou que estuda a possibilidade de manter a taxa em R$ 68. O Enem pode deixar de ser critério para ingresso em universidades, mas não há dúvidas de que poderá ser utilizado nos programas educacionais Sisu (Sistema de Seleção Unificada), Prouni (Programa Universidade para Todos) e o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) ambos são utilizados para ingressar no ensino superior.
A pedido do G1, seis estudantes aprovados no Enem 2016 reveleram o que consideram mais importante para um bom resultado nas provas. Estudar, fazer simulados e exercícios estão na lista. Confira.
Além do cursinho
Aprovada no curso de biologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e de Ciência e Tecnologia na Universidade Federal do ABC, Iryna Miréia, de 20 anos, foi aluna da rede pública. Por isso, disse ao G1 que o segredo foi estudar além das aulas do cursinho. Decidir o curso e focar nele é outra dica. Como achava que ficava dispersa em casa, a estudante ficava muito no cursinho ou em uma biblioteca perto de casa.
Sem redes sociais
Michael Sanches, de 19 anos, aprovado no de letras da Universidade de São Paulo (USP) defende que passar só é possível com foco. Por isso, deletou os perfis que mantinha do Facebook e do Instagram no celular. O jovem garante que só usava o WhatsApp para falar com a família. "O estudante tem de por na cabeça é abdicar das redes é algo temporário, que vai trazer frutos para um bem maior."
Simular
As provas que simulam as que serão aplicadas no vestibular devem ser as "melhores amigas" dos estudantes desde cedo. Adriana Mayumi Shiguihara, de 17 anos, aprovada em matemática na Universidade de São Paulo (USP), contou que começou a realizá-los ainda no 1º ano. A dica da estudante é fazê-los por meio de ONGs e instituições de ensino, para se ter uma ideia bem aproximada de como será no dia.
Escrever é preciso
Engenharia Mecatrônica foi o curso de escolha de Felipe Gomes de Melo, de 18 anos. Aprovado na USP, o jovem conta que não descuidou da redação. Se dedicou a aulas duas vezes por semana e escrevia sobre tudo: "intolerância, preconceito, pílula do câncer... Redação é o mais importante para estudar, tem de estar afiado."
Videoaulas
Ana Livia Santana, 18 anos , mora em Teresina, no Piauí, mas vai morar em São Paulo depois de ter sido aprovado no curso de administração da USP. Aluna do curso de administração na Universidade Federal do Piauí, mesclava estudo com estágio e aulas na faculdade. Segundo ela, além de apostilas, as videoaulas preparatórias ajudaram e muito. A estudante fez uma pesquisa de canais de YouTube e lembra que os assisitia até de madrugada.
Exercícios
Julia Maria Malnarcic, de 17 anos, foi aprovada em Odontologia na USP, Unesp ou Unicamp. A carta branca para entrar em uma das universidades mais bem conceituadas do país veo de uma rotina de estudo rigorosa. Julia não fez cursinho, mas conta que estudava em casa cerca de seis horas, todos os dias. Inclusive, sábados, domingos e feriados. Resolveu os exercícios de diversas apostilas e ainda as provas anteriores das universidades que queria. "Ter confiança em si mesmo é meio caminho andado para a aprovação!", indicou ao G1.
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