Justiça manda maioria dos ônibus rodarem; sindicato não respeitará
Motoristas se juntarão a trabalhdores que cruzarão os braços em protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência Social
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Brasil São Paulo
A Justiça concedeu liminar, pedida pela gestão João Doria (PSDB), para garantir que seja mantida a maioria da frota de ônibus na cidade de São Paulo durante a greve marcada para esta quarta-feira (15). No entanto, o sindicato dos motoristas de ônibus diz que não atenderá à ordem.
Motoristas e cobradores de ônibus, metroviários, professores estaduais e municipais, metalúrgicos e diversas outras categorias de trabalhadores paralisarão os serviços em protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência Social propostas pelo governo federal.
Os motoristas e cobradores devem parar da meia-noite às 8h. A juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi, da 13ª Vara da Fazenda Pública, estabeleceu que o mínimo de 85% da frota operando em linhas que atendam hospitais e escolas e o mínimo de 70% da frota operando nas demais linhas. A multa estabelecida para caso de descumprimento é de R$ 5 milhões.
A magistrada reconheceu o direito de greve, mas afirma que "vários direitos e liberdades individuais serão direta e profundamente afetados". Ela citou como exemplos estudantes, pessoas com problemas de saúde e trabalhadores.Um dos representantes do Sindicato dos Motoristas e Condutores de São Paulo, Edvaldo Santiago disse que soube da decisão, mas que ela não deve ser respeitada.
"Não temos a mínima condição de atender [à determinação da Justiça]. É uma decisão de assembleia e não é só uma reivindicação dos condutores, mas do povo todo", disse Santiago.
Na parte da tarde, os trabalhadores da categoria caminham da sede do sindicato, no bairro da Liberdade (região central), até a av. Paulista, onde haverá um ato que deve reunir diversos sindicatos, a partir das 16h. Os metroviários prometem parar por 24 horas amanhã. Os detalhes de greve serão definidos nesta terça-feira (14), em assembleia no sindicato.
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