Confirmada primeira morte por febre amarela no Rio de Janeiro
Óbito confirmado pela Fiocruz ocorreu em Casimiro de Abreu, na Baixada Litorânea
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Brasil Alerta
Uma pessoa morreu por febre amarela no Rio de Janeiro. O primeiro óbito pela doença, que estava sendo investigado pela na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foi confirmado nesta quarta-feira (15). O pedreiro Watila Santos, de 38 anos, morador da área rual de Casimiro de Abreu, na Baixada Litorânea, faleceu poucas horas após a internação no Hospital municipal Ângela Maria Simões Menezes.
O pedreiro, que viviando bairro Córrego da Luz, não havia viajado para locais com surto da doença. A Fiocruz analisa amostra de sangue de outro morador de Casimiro de Abreu que está internado com suspeita de febre amarela. O município de Casimiro de Abreu receberá, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES) do Rio, um reforço na vacinação contra a febre amarela a partir desta quinta-feira (16).
Conforme a Agência Brasil, Watila morreu no mesmo dia em que a SES anunciou que pediu ao Ministério da Saúde para que o estado seja incluído na área de recomendação de vacina contra a febre amarela. Até agora, nenhum caso da doença foi registrado no estado, mas a intenção da secretaria é expandir a estratégia de vacinação como medida preventiva, que já vem sendo adotada em 30 municípios localizados nas divisas com os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, onde houve casos confirmados da doença.
Devem ser notificados pelos municípios para investigação os casos de indivíduos residentes ou que tenham retornado em até 15 dias de alguma área com transmissão de febre amarela, que apresentem febre de até 7 dias de duração, acompanhada de dois ou mais dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, vômitos, coloração amarelada da pele, olhos e mucosas e manifestações hemorrágicas.
Segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES, Alexandre Chieppe, 36 casos foram notificados no estado. Nenhum caso de febre amarela transmitida no estado do Rio foi confirmado até o momento.
A SES estima que toda a população do estado, observadas as contraindicações, seja imunizada até o fim deste ano. Ao todo, a estimativa é de que serão necessárias cerca de 12 milhões de doses. Para a primeira etapa, já foram solicitadas 3 milhões de doses ao Ministério da Saúde. A previsão é de que a imunização seja intensificada a partir da última semana deste mês.
Com a campanha, todos os municípios do estado passarão a ser atendidos, alcançando 92 cidades. Bebês com menos 9 meses e pessoas com mais de 60 anos não serão vacinados, já que a imunização não é isenta de riscos. “Não é uma vacina simples. É uma vacina de vírus atenuado e a gente tem maior precaução por causa dos eventos adversos principalmente em alguns grupos específicos”, afirmou Chieppe.
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