Militantes do MTST são detidos: 'Presos políticos da greve', diz Boulos
Manifestantes podem ser indiciados por "organização criminosa" por suspeita de agressão a policiais
© Ueslei Marcelino / Reuters
Brasil São Paulo
Três militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) que participavam dos protestos contra as reformas da Previdência e das leis trabalhistas, nesta sexta-feira (28), em São Paulo, podem ser indiciados por "organização criminosa".
Eles foram presos, junto com mais três integrantes do grupo, por suposta agressão aos policiais, na altura da Radial Leste. Os detidos seguiram para a 65ª Delegacia de Polícia, em Itaquera.
“São os primeiros presos políticos da greve”, afirma Guilherme Boulos, coordenador do MTST, que trata as prisões como uma interpretação absurda da lei.
Segundo a Carta Capital, parlamentares, advogados e lideranças sociais dirigiram-se à delegacia para tentar impedir o indiciamento. Caso ele ocorra, os militantes serão transferidos imediatamente para um presídio, dada a tipificação do crime.
Não há precedentes no Estado de São Paulo do enquadramento de militantes sociais como participantes de “organização criminosa”.
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