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Membro do MBL chama de 'imbecil' homem que doou R$ 1,5 mil a Holiday

Em áudio, coordenador do movimento diz que doação atrapalharia estratégia de campanha do então candidato a vereador

Membro do MBL chama de 'imbecil' homem
que doou R$ 1,5 mil a Holiday
Notícias ao Minuto Brasil

09:54 - 11/05/17 por Notícias Ao Minuto

Brasil São Paulo

Um dos coordenadores do Movimento Brasil Livre (MBL), Renato Battista, chamou de "imbecil" um eleitor que doou R$ 1,5 mil à campanha do vereador Fernando Holiday (DEM-SP) no ano passado.

Em áudio obtido pelo jornal Folha de S. Paulo, Battista reclama sobre a doação e diz que o ato atrapalha a estratégia do então candidato. "Acabei de tirar extrato do banco e estou indo para o escritório para terminar a prestação de contas. Aparentemente um imbecil doou mais de R$ 1,5 mil no dia 30. A gente está com quase R$ 12 mil sobrando" diz ele, numa mensagem de WhatsApp.

Segundo a reportagem, o áudio foi gravado em 3 de outubro, um dia após as eleições, e enviado ao grupo "Estratégia Holiday". Seis líderes de comitê e o próprio Fernando Holiday tiveram acesso à mensagem.

Na opinião de Battista, a doação feita em 30 de setembro poderia atrapalhar o discurso de que o vereador se elegeu gastando somente um real por voto obtido. "Acho que... bom... a gente vai discutir isso, mas acho que não deve gastar tudo [...] porque, se não, vai passar de um real pro voto. Eu prefiro ficar com a narrativa", argumenta ele, em outro trecho do áudio.

De acordo com registro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) há somente uma doação de R$ 1,5 mil em 30 de setembro de 2016, feito pelo engenheiro Raul Fernando Ghediani, de 75 anos. Ele não foi localizado para comentar o assunto.

Peritos consultados pela Folha confirmaram alta probabilidade de autenticidade do áudio. Procurado, Battista inicialmente confirmou conceder entrevista, mas depois recuou e não respondeu às perguntas da reportagem.

Em nota, Holiday minimizou o fato. "Tanta coisa importante na cena política, e a Folha preocupada em criar fatos sobre um áudio descontextualizado para me atacar através de um assessor que já foi advertido à época, explica o descrédito da grande imprensa perante o povo", afirmou.

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