Um padre ensina jovens da periferia de Porto Alegre a aprender a andar de de skate na Zona Sul de Porto Alegre. O nome do projeto, Skatinga, surgiu a partir do nome de uma mistura do nome do bairro, Restinga, com o esporte.

Nada de batina. A principal pregação do padre Claudionir Ceron, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida da Restinga, em Porto Alegre, é paramentado com boné, bermuda, camiseta e um skate sob os pés. O religioso é responsável por tocar um projeto que tem beneficiado cerca de 120 crianças da comunidade da Restinga com aulas de skate.

A escolinha fica no Centro Social Padre Pedro Leonardi, onde uma pista foi construída, bem como um ateliê. Além de aprender a "andar", as crianças e jovens colocam a mão na massa e participam de aulas de marcenaria, para saber da forma à prancha, e de desenho, para embelezá-las. "A gente aprendendo se liberta e ninguém rouba nossos sonhos", fala o padre aos aprendizes.

Há dois meses, os alunos transformaram os skates que criam em grife, batizada de Santa Skatina, em referência ao esporte e ao bairro onde vivem. São produzidos cerca de 100 skates por mês. A ideia é vendê-los para manter e reverter a verba para a manutenção do projeto.

A Santa Skatina ganhou até oração e vem sendo celebrada como protetora dos skatistas. "Considerando o bairro Restinga, onde a maioria da população é negra, essa santa tem que ser negra, ela é do povo", contou o professor de artes, Tarcus Aguillar Alves, à RBS TV.

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