Passageiros negam que Míriam Leitão tenha sido atacada em voo
Em postagens nas redes sociais, advogado que estava no voo diz estar "bem cansado desse factoide"
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Brasil Polémica
Nesta quarta-feira (14), um dia após Míriam Leitão denunciar ter sido vítima de agressão verbal por parte de delegados do PT, em um voo da Avianca de Brasília para o Rio, passageiros contestam a versão da jornalista do grupo Globo.
O advogado Rodrigo Mondego postou, no Facebook, que estava no voo e que está "bem cansado desse factoide criado pela senhora Míriam Leitão".
"Não vi absolutamente ninguém dirigindo a palavra diretamente para a funcionária da Globo, muito menos eu me dirigi a essa senhora. Alias, eu não sabia nem em que lugar do avião ela se encontrava, e só a vi no portão de embarque", completou.
Professora de Urbanismo da UFF - Universidade Federal Fluminense, Lúcia Capanema escreveu, para o próprio blog, que foi a última a entrar no avião, "e quando o fiz encontrei um voo absolutamente normal". "Durante as duas horas de voo nada houve de forma a ameaçá-la, achincalhá-la ou mesmo citá-la nominalmente. Por duas ou três vezes entoou-se os já consagrados cânticos 'o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo' e 'a verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura'; cânticos estes que prescindem da sua presença ou de qualquer pessoa relacionada a empresa em que você trabalha, como se pode notar em todas as manifestações populares de vulto no país".
A jornalista não se pronunciou sobre tais comentários. Nesta terça-feira, no entanto, em texto publicado no próprio blog, no jornal "O Globo", Míriam Leitão escreveu: "Sofri um ataque de violência verbal por parte de delegados do PT dentro de um voo. Foram duas horas de gritos, xingamentos, palavras de ordem contra mim e contra a TV Globo. Não eram jovens militantes, eram homens e mulheres representantes partidários. Alguns já em seus cinquenta anos. Fui ameaçada, tive meu nome achincalhado e fui acusada de ter defendido posições que não defendo".
"Não acho que o PT é isso, mas repito que os protagonistas desse ataque de ódio eram profissionais do partido. Lula citou, mais de uma vez, meu nome em comícios ou reuniões partidárias. Como fez nesse último fim de semana [3]. É um erro. Não devo ser alvo do partido, nem do seu líder. Sou apenas uma jornalista e continuarei fazendo meu trabalho", afirmou Míriam.
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