Médicos brasileiros usam técnica inovadora para tratar AVC
Procedimento permite que o cateterismo cerebral seja realizado em até 24 horas após acidente vascular
© iStock
Brasil USP
Tempo. É o que os médicos pesquisadores da Faculdade de Medicina do campus da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, estão conseguindo para pacientes de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Um procedimento inovador, aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), permite que o cateterismo cerebral seja realizado em até 24 horas após o AVC -o prazo que vem sendo aplicado em outros centros médicos é de
A técnica, que desentope grandes artérias, também reduz quase que totalmente sequelas, como paralisia facial e perda de movimentos. "Os resultados do tratamento endovascular têm sido fantásticos", garante o neurologista Octávio Pontes Neto, ao G1.
O procedimento é parecido com um cateterismo tradicional: introduz-se microcateter em uma artéria na perna do paciente e leva-o até a área entupida do cérebro. O coágulo é então aspirado ou retirado com um stent.
O uso da técnica dependem, no entanto, da extensão e do tempo da obstrução. “Não é qualquer paciente com AVC isquêmico, mas aquele que tem oclusão de uma grande artéria do cérebro, em que a gente não consegue desentupir só com remédio na veia. Então, muitas vezes, além de receber o remédio, vai ser submetido a esse cateterismo”, completou.
+ Crivella tenta derrubar lei de aumento de licença-paternidade