Doria diz que morte de morador de rua não é 'ônus' só da prefeitura
Prefeito de São Paulo disse que população, igreja e governos federal e estadual também precisam ajudar
© Nacho Doce / Reuters
Brasil Tempo
Um dia após o corpo de um morador de rua ser encontrado com sinais de hipotermia, em São Paulo, João Doria (PSDB) se pronunciou sobre a morte, ao inaugurar um abrigo emergencial de inverno para 460 pessoas.
"A questão do inverno e de temperaturas rigorosamente baixas em São Paulo é um tema que atinge a população como um todo", começou o prefeito, conforme conta o G1. A seguir, Doria cita "o governo estadual, o governo federal, entidades, pessoas e igrejas" como coresponsáveis.
"Depositar isso como ônus exclusivo da Prefeitura de São Paulo não é uma atitude correta", opinou, afirmando que "todo mundo deve ajudar e deve oferecer a sua colaboração e a sua solidariedade".
Coordenador da Pastoral do Povo de Rua, padre Julio Lancelotti afirma que tem alertado há muito tempo a prefeitura sobre os riscos enfrentados pela população de rua. "Não é de hoje que venho pedindo rapidez no atendimento e cuidado diferenciado porque essa população é heterogênea", disse.
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Nesta terça-feira (18), na tarde mais fria do ano, com 10,2°C, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o corpo do morador de rua foi encontado em Pinheiros e enviado ao Instituto Médico Legal (IML) sem sinais de violência. A causa da morte não foi divulgada ainda.