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Mãe relembra morte de filha sugada por ralo de piscina: 'Desespero'

"Se soubesse o que aconteceria, jamais eu a deixaria entrar na piscina", disse Cyntia Leite Rodrigues, de 29 anos

Mãe relembra morte de filha sugada por ralo de piscina: 'Desespero'
Notícias ao Minuto Brasil

06:55 - 23/07/17 por Notícias Ao Minuto

Brasil Tragédia

A funcionária pública Cyntia Leite Rodrigues, de 29 anos, perdeu sua filha Rachel Rodrigues Novaes, de 7 anos, no último domingo (16), após o cabelo da criança ter sido sugado por um ralo de piscina de um hotel em Balneário Camboriú (SC).

Em entrevista ao G1, a mãe relembrou o desespero vivido nos últimos momentos com a filha. "Se soubesse o que aconteceria, jamais eu a deixaria entrar na piscina. Fui levar minha filha para se divertir e a vi morrer", diz.

Cynthia lembra que sua filha entrou na piscina com outras crianças quando percebeu que tinha esquecido a toalha. A funcionária pública disse que pediu para outras mães supervisionarem a brincadeira enquanto ela iria buscar a toalha. "Fui, subi no apartamento, fui ao banheiro, peguei a toalha e desci. Menos de 10 minutos", lembra.

Ao sair do elevador, Cynthia contou que já podia ouvir os gritos. "Eu achei que era uma briga. Ainda me perguntei: 'Na piscina?'. Quando olhei para a piscina, tinha uma mãe tentando puxar alguém e um homem ao lado dela fazendo o mesmo. Uma outra mãe falou: 'É a Rachel'. Eu entrei ali e comecei a puxar", disse.

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No momento de desespero ela contou que correu para a cozinha do hotel: "estava trancada. Eu queria pegar uma faca para cortar o cabelo dela. Ninguém abriu a porta. Eu voltei lá e consegui tirá-la. O ralo veio junto com o cabelo dela".

"Eu comecei a gritar pedindo ajuda. Era muita dor, desespero e pânico. Nesse meio tempo, veio um rapaz, um vizinho do hotel, dizendo que era bombeiro civil, perguntando se podia ajudar. Eu disse que sim", completou.

Os primeiros socorros foram realizados pela própria mãe, que fez uma respiração boca a boca. Em seguida, as equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) chegaram ao local, mas já era tarde.

"As mães me falaram que a minha filha estava mergulhando, brincando de subir e descer da água com as outras crianças. Era preciso ter segurança. Durante essa semana, eu pesquisei e descobri que há sistema [antissucção] por até R$ 20, e lá não tinha. Eu não sabia", afirmou.

Segundo a reportagem, o corpo de Rachel foi velado e sepultado na última segunda-feira (17). O estabelecimento foi processado após a família saber que o hotel não contava com o dispositivo de segurança na piscina, item obrigatório em Santa Catarina.

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