Governo Crivella faz censo religioso com a Guarda Municipal
Trabalhadores são obrigados a responder formulário com três perguntas, mas não precisam se identificar
© Tomaz Silva/Agência Brasil
Brasil Polémica
Servidores da Guarda Municipal do Rio de Janeiro receberam um formulário com três perguntas relacionadas à orientação religiosa de cada um. A primeira quer saber se o trabalhador "professa alguma religião". Caso positivo, ele deve dizer na segunda qual seria a orientação, tendo como opções "católica", "evangélica", "espírita" e "outras". Por fim, o servidor, que não precisa se identificar mas é obrigado a responder, precisa responder se é praticante ou não.
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Polêmico, o censo desenvolvido pela prefeitura pode ser barrado pelo Ministério Público devido a um pedido de suspensão enviado pelo deputado Átila Nunes (PMDB-RJ).
“Isso é um absurdo. Estão violando, antes de mais nada, a intimidade de cada um, você não pode perguntar, por exemplo, a orientação sexual. Isso é uma violência que nunca aconteceu no serviço público", disse o parlamentar ao G1.
A Guarda Municipal alega que o objetivo do censo é criar uma assistência religiosa aos servidores por meio da criação de uma capelania.