Cadeirante chora ao ser carregada por Bombeiro para assistir à aula
Paloma Barbosa, de 23 anos, estuda na Faculdades Metropolitanas Unidas
© Paloma Barbosa/VC no SP
Brasil Denúncia
O ato de chegar e sair das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) - Liberdade não é simples para Paloma Barbosa, de 23 anos. Sem os colegas ou agentes do Corpo de Bombeiros não seria possível para a universitária assistir às aulas no laboratório de cerâmica.
Com o elevador da FMU quebrado, Paloma, que é cadeirante, precisa ser carregada do 1º andar ao térreo, ou vice-versa. Na última quinta-feira (10), o périplo da estudante foi registrado em vídeo por uma colega e repercute nas redes sociais, ainda neste sábado (12).
Nas imagens, Paloma é carregada por um agente do Corpo de Bombeiros e chora depois. "Me senti horrível porque a sala é no primeiro andar. Isso me fez pensar como seria tão mais fácil se eu só pudesse conseguir descer a escada. E eu não deveria ter que me sentir assim", desabafou.Procurada pelo G1, a FMU ainda não se pronunciou. "Isso me desanima muito em ir para Faculdade. Já vou pensando no stress que posso passar, pensando se o elevador estará funcionando", lamentou a universitária.
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De acordo com Paloma, a FMU sempre dá a mesma resposta: "o problema pertence a instâncias superiores". A estudante denunciou que a única forma de acesso ao laboratório é uma rampa de acesso "muito íngreme". "Sei que conseguir estudar é um privilégio que muitas pessoas com deficiência não têm. Então ocupar aquele espaço é muito importante pra mim porque deveria ser um direito para todo mundo", ponderou a jovem, que garante que não deixará de estudar na instituição.