Sobe para 21 número de resgatados no 6º naufrágio ocorrido no Pará
Engenheiro naval da Universidade Federal do Pará alerta para falta de segurança
© Agência Pará
Brasil neste ano
Subiu para 21 o número de passageiros da embarcação M/B Capitão Ribeiro resgatados, até o fim da tarde desta quarta-feira (23). Dez pessoas morreram. Enquanto o paradeiro de cerca de 40 dos 70 ocupantes do barco segue desconhecido, a Marinha do Brasil informou nesta quarta-feira (23) que o naufrágio, na noite desta terça (22), foi o sexto ocorrido no Pará neste ano. Foi o primeiro acidente do gênero, no entanto, na jurisdição da Capitania dos Portos do Amapá, que engloba até o oeste do Pará.
Engenheiro naval da Universidade Federal do Pará, Pedro Lameira alertou, ao G1, que o transporte em embarcações na Amazônia não oferece segurança.
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"Falta estanqueidade, ou seja, quando ocorre alagamento, o casco é inundado de forma homogênea, diferente das embarcações de casco metálico, que possuem compartimentos de inundação, ou seja, o alagamento ocorre em partes", detalhou.
Segundo Lameira, o problema é antigo os órgãos competentes precisam determinar regras de segurança para os barcos. "O excesso de carregamento, seja de passageiros ou cargas, compromete a estabilidade do barco", aponta o engenheiro.
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O Capitão Ribeiro, que saiu de Santarém, às 18h da segunda (21), naufragou na Ponta Grande do Xingu, em Porto de Moz. A região, conforme Lameira, é conhecida pelas fortes correntes. "Não tem tempo nem de colocar o colete", concluiu.