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Cartaz de casa estudantil faz apologia ao estupro: 'seja cafajeste'

Nunca se deve bater em uma mulher. Ela pode gostar", diz um dos trechos do estatuto da república DaNação

Cartaz de casa estudantil faz apologia ao estupro: 'seja cafajeste'
Notícias ao Minuto Brasil

14:54 - 25/08/17 por Notícias Ao Minuto

Brasil Minas Gerais

"Não tenha escrúpulos, seja cafajeste: toda mulher gosta de sofrer". A frase não é a única a chamar a atenção no "estatuto" de uma república em Minas Gerais. O cartaz com dos "direitos e deveres" da da residência estudantil "DaNação", onde moram estudantes da Universidade Federal de São João Del-Rei, foi denunciado de apologia à violência contra a mulher e incentivo ao estupro. Em depoimentos no Facebook, estudantes dizem que o cartaz ficou na parede do "DaNação" por 13 anos.

"É vedada toda e qualquer recriminação aos moradores que embebedar (sic) uma mulher para pegá-la", além de "Nunca se deve bater em uma mulher. Ela pode gostar", são outras frases "de ordem" do documento. A denúncia fez com que o Diretório Central dos Estudantes (DCE-UFSJ) divulgasse nota de repúdio. "O cartaz divulgado estimula um crime contra a dignidade sexual, previsto no artigo 215 do Decreto-Lei no 2.848 do Código Penal".

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O diretório afirmou ainda que "cartazes como esse legitimam e perpetuam a violência de gênero, que mata mulheres todos os dias no Brasil e no mundo" e ressaltou: "Isso não é uma brincadeira, isso não é engraçado, isso é CRIME. Nós do DCE UFSJ dizemos NÃO à toda violência contra a mulher. Machistas Não Passarão!", avisa nota publicada no perfil do FAcebook.

A página da república "DaNação" também fez postagem sobre o assunto, nesta quarta-feira (23). "Às vezes nunca paramos para ler aquilo que escrevemos ou algo que está ali na nossa frente há tanto tempo", diz o texto. "Erramos por um dia ter colado este cartaz numa parede dentro da nossa casa. Erramos por ter convivido tanto tempo sem nos incomodar com o conteúdo deste cartaz de conteúdo machista. Temos família, esposas, namoradas, irmãs, mães e filhas. Não gostaríamos que elas fossem tratadas da forma como aquele cartaz sugere".

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