Água que apagou incêndio na Ceasa pode contaminar Lagoa da Pampulha
Suspeita surgiu após ser encontrada fuligem de incêndio na água da lagoa
© Divulgação/Corpo de Bombeiros
Brasil Meio Ambiente
A água usada para combater o incêndio que atingiu um dos pavilhões das Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas), em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, pode ter contaminado o córrego Sarandi e a Lagoa da Pampulha, na capital do Estado.
O incêndio de grandes proporções atingiu o local por volta das 12h30 desta quinta-feira (7) e destruiu todo o pavilhão G1 do mercado atacadista. Cerca de 300 mil litros de água teriam sido usadas nas primeiras 11 horas de combate ao fogo.
Como revelado pelo jornal mineiro "O Tempo", segundo o comandante dos bombeiros da região metropolitana de Belo Horizonte, Erlon Botelho, uma parte da água evapora e a suspeita é que a outra parte, que teve contato com os produtos químicos do pavilhão, deságue no córrego e na lagoa.
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O analista do Núcleo de Emergência Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Nilton Oliveira, explicou que a suspeita surgiu na manhã desta sexta-feira (8), quando foi encontrada fuligem de incêndio na água da Lagoa da Pampulha.
Foram encontrados fuligem na Lagoa, com isso, ficamos alertas sobre uma possível contaminação, mas como o setor administrativo da Copasa está de recesso e precisa de uma análise mais aprofundada, provavelmente a Semad e Copasa irão conversar na próxima segunda-feira para efetuar uma amostra da água da lagoa."
Oliveira disse ainda que, de ontem para hoje, não foi registrada mortandade de peixes na Lagoa. A água do córrego Sarandi também foi submetida a uma amostragem de rotina. O resultado, no entanto, foi dentro do esperado.