STJ manda Farah cumprir pena por morte de ex-amante esquartejada
Farah teria usado um bisturi e pinças para dissecar o corpo da vítima ao longo de dez horas
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Brasil imediatamente
O STJ (Supremo Tribunal de Justiça) determinou nesta quinta-feira (21) que o ex-cirurgião plástico Farah Jorge Farah deve cumprir imediatamente a pena de 14 anos e oito meses de prisão pela morte da paciente, sua ex-amante, em São Paulo.
Farah tinha sido condenado a 16 anos de prisão pela morte, esquartejamento e ocultação do cadáver da ex-amante Maria do Carmo Alves, em 2003. Ele teve a pena reduzida para 14 anos e oito meses por ter confessado o crime.
A defesa do ex-cirurgião havia pedido a anulação do Júri, alegando nulidades, ou o redimensionamento da pena, alegando que "o comportamento da vítima deveria ser considerado como elemento favorável, por ter sido determinante para o desenrolar dos fatos criminosos".
Uma decisão do Supremo Tribunal Federal permitiu que ele continuasse solto. No último dia 22 de agosto, o Ministério Público de São Paulo deu parecer pelo início da execução provisória. O relator, ministro Nefi Cordeiro, atendeu o pedido do MP, negando provimento ao recurso e deferindo a execução provisória, mas o ministro Sebastião Reis Júnior pediu vista antecipada.
Assassinato
O crime ocorreu no consultório de Farah, na zona norte da cidade. A vítima, de 46 anos, também era paciente do cirurgião plástico. À época, a polícia informou que Farah usou um bisturi e pinças para dissecar o corpo de Alves e retirar a pele de parte do rosto, tórax e pontas dos dedos das mãos e pés. O processo teria levado dez horas.
Preso, ele alegou legítima defesa e disse que era perseguido pela vítima. Partes do corpo dela foram encontradas embaladas em sacos de lixo plásticos, escondidos no porta-malas do carro de Farah.
O crime ocorreu em uma sexta-feira, 24 de janeiro. O cirurgião passou a noite em seu consultório e, na manhã de sábado, teria retirado os pedaços do corpo, guardados em sacos plásticos, e colocado no carro.
Logo após, ele se internou em uma clínica psiquiátrica, a mesma em que o jornalista Antonio Pimenta Neves ficou após matar sua ex-namorada e também jornalista Sandra Gomide em 2000. Farah teria confessado o crime a uma sobrinha durante visita. Ela, então, o denunciou.
Ao ser preso, em depoimento à polícia, o médico confessou o assassinato, mas afirmou ter sofrido um "lapso de memória" em relação aos detalhes do crime. Ele disse que se lembrava apenas da chegada da dona de casa à clínica.
Em novembro de 2006, o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) cassou a licença para o exercício de medicina do cirurgião. Com informações da Folhapress.
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