Corregedor da PM entrega o cargo após inquérito sobre morte de turista
Depois do fato vir à tona, começou um impasse entre a Corregedoria da PM e a DH para saber quem seria responsável pelo inquérito do assassinato
© Reuiters / Pilar Olivares
Brasil Investigação
Logo após a morte da espanhola María Esperanza Jiménez Ruiz, de 67 anos, morta a tiro por um policial militar na Rocinha, nessa segunda-feira (23), o corregedor da PM, coronel Wanderby Medeiros, entregou o cargo. A justificativa seria por causa da transferência da investigação do órgão para a Delegacia de Homicídios (DH) da Polícia Civil.
Segundo informações do Extra, depois do fato vir à tona, começou um impasse entre a Corregedoria da PM e a DH para saber quem seria responsável pelo inquérito do assassinato. Os acusados pela morte foram anunciados 12 horas pela PM após o ocorrido e dois agentes acabaram detidos. A Corregedoria, por sua vez, ouviu informalmente o tenente que matou a turista.
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Em defesa, ele afirmou que tentou atirar no chão, acertando a vítima. Depois do depoimento, agentes cogitaram que o PM respondesse por homicídio culposo. Promotores, depois da "decisão", discordaram da determinação e entenderam que o crime deveria ser investigado como homicídio doloso - com a intenção de matar.
A Corregedoria chegou a autuar os dois PMs em flagrante, sendo um tenente e um soldado. O último até por outro crime, o de disparo de arma de fogo. Eles afirmaram em depoimentos que foram dados disparos para o alto para somente alertar o motorista. Os acusados só foram apresentados depois das 21h30 à DH.