PM do Rio exonera agentes responsáveis por prisões de policiais
Aumento de prisões no último semestre é de 588%
© Fernando Frazão/ Agência Brasil
Brasil Polémica
Seis oficiais da Corregedoria da Polícia Militar do Rio foram exonerados nesta quarta-feira (1º), um dia depois da nomeação do novo corregedor da corporação, o coronel Fernando de Oliveira Pimenta. São cinco majores e um tenente-coronel retirados dos cargos.
Como revelado pelo "G1" com dados obtidos pela PM, 62 PMs foram presos de julho a setembro de 2017 - três primeiros meses da equipe à frente das unidades correcionais. O número foi 588% maior do que no trimestre anterior, quando houve nove prisões.
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Quando questionados sobre o motivo das exonerações, a PM respondeu apenas que trata-se de uma "determinação do comandante-geral da PM o novo Corregedor é o coronel Jorge Fernando de Oliveira Pimenta, que estava comandando o BPCHq".
Entre os policiais exonerados está o major Manuel Carlos Pontes, que era chefe da 8ª DPJM, que investiga irregularidades cometidas por PMs em Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
A principal ação da 8ª DPJM nos últimos cinco meses foi a prisão em flagrante do major Alexandre Silva Frugoni, ex-comandante da UPP Caju, após uma equipe da Corregedoria encontrar armas e drogas no local. Ele foi solto nesta quarta (1º) e deve realizar trabalhos internos na corporação.