Polícia investiga morte de cachorro de Dilma por supostos maus-tratos
Cão viveu com a ex-presidente até os 15 anos, quando teve de ser eutanasiado por conta de uma doença crônica
© Reuters
Brasil Nego
A morte do cachorro da ex-presidente Dilma Rousseff está sendo investigada pela Polícia Civil do Distrito Federal. Nego, um cão da raça labrador, foi eutanasiado em 2016 por conta de uma doença crônica. Após denúncias de que o animal sofria maus-trator, o deputado e presidente da Frente de Proteção aos Direitos dos Animais na Câmara Ricardo Izar (PP-SP), decidiu tirar o caso a limpo.
Izar depôs na Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente e à Ordem Urbanística (Dema) nesta terça-feira (7). Segundo ele, enquanto a ex-presidente passava pelo processo de impeachment, foram recebidos diversos relatos de que Nego estava praticamente sem cuidados.
+ Operação da PF desarticula organização criminosa que fraudava o Enem
A princípio, o deputado pediu explicações ao Planalto, mas não teve retorno e decidiu registrar a denúncia na Procuradoria-Geral da República (PGR). Após a saída de Dilma da Presidência, a solicitação foi encaminhada para a Justiça Federal de Brasília, que ordenou a investigação, de acordo com o "Metrópoles".
De acordo o delegado Vitor de Mello Duarte da Dema, as investigações preliminares apontam que Nego ficou aos cuidados de um funcionário de Dilma. “Alguém da guarda presidencial ficou responsável pelo animal quando ela se mudou para Curitiba”, disse o delegado.
Diante das acusações, a ex-presidente divulgou uma nota, em setembro do ano passado, em que explicou que Nego foi acometido por mielopatia degenerativa canina, doença crônica que causava sofrimento, segundo diagnóstico veterinário.
A petista ganhou Nego de presente do ex-ministro José Dirceu e cuidou do cão por 12 anos, dos 3 aos 15. “Sob cuidados e orientação do médico-veterinário, Dilma prolongou ao máximo que pôde o conforto e as necessidades de Nego. O médico recomendou que fosse abreviado o sofrimento do cão”, explica a nota.