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'Barriga fica doendo', diz garota após irmão desmaiar de fome no DF

Mãe do garoto tem mais outros cinco filhos e sustenta a família com menos de R$ 1 mil

'Barriga fica doendo', diz garota após irmão desmaiar de fome no DF
Notícias ao Minuto Brasil

16:59 - 19/11/17 por Notícias Ao Minuto

Brasil Repercussão

A história do menino de 8 anos que desmaiou de fome em uma escola pública do Distrito Federal na última semana ganhou mais um capítulo. Pela primeira vez, depois do episódio, a mãe do garoto se pronunciou sobre o caso neste domingo (19). Desempregada e mãe de seis filhos, Leidiane Amorim, 29 anos, disse ocupar duas funções ao mesmo tempo.

"Eu sou o pai e a mãe deles. Sou tudo ao mesmo tempo", contou, em entrevista ao G1, a ex-catadora de lixo. Ela morava com a família em um barraco, na regiao nobre do Plano Piloto, em Brasília. Atualmente, agraciada pelo Minha Casa Minha Vida, mudou de endereço e está no Paranoá Parque, a 28 quilômetros do centro.

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Com um salário de R$ 946, Leidiane explicou que não tem dinheiro para pagar todas as contas, comprar roupas e comida para os seis filhos. "São R$ 138 de água e condomínio, R$ 80 da parcela [do apartamento], a energia vem um absurdo, vem R$ 70 ou R$ 80". A mais velha, de 13 anos, chegou a comentar que vai à escola com fome. "A barriga da gente fica doendo de tanta fome . A gente fala pra professora, mas ela não tem como resolver."

Em entrevista à reportagem nesse sábado (18), o governador do DF, Rodrigo Rollemberg, disse, após o acontecimento, que a culpa não é da unidade de ensino. "Isso é uma questão pontual da família e não da escola", declarou. O desmaio do estudante iniciou uma investigação da Procuradoria de Justiça do Ministério Público Estadual para verificar se alunos da instituição estão passando fome.

Providências

Depois da repercussão do caso, a escola e os voluntários doaram alimentos para a família. Mesmo após a declaração de Rollemberg, o governo adiantou que entregará uma cesta básica e mais um auxílio vulnerabilidade de seis parcelas de R$ 408 para Leidiane. Uma equipe de nutricionistas também foi à escola, e a Secretaria de Educação estuda mudanças no cardápio dos alunos que moram longe do colégio.

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