Após implante, pai com surdez ouve voz da filha pela primeira vez
O otorrinolaringologista Fayez Bahmad explica que o o procedimento muda completamente a vida do paciente
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Brasil Distrito Federal
Um implante coclear - dispositivo eletrônico que proporciona sensação auditiva - mudou a vida do educador físico Eduardo Favaro. Morador de Brasília, ele teve meningite com 1 ano e 8 meses e sofre de surdez profunda nos dois ouvidos. Aos 35 anos, ele decidiu ignorar os médicos que diziam que o caso era irreversível e há um mês recebeu o implante coclear.
A reportagem do G1 destaca que Eduardo viveu pela primeira vez a experiência de ouvir a filha, Maria Eduarda, de 6 anos. O momento foi registrado em vídeo e viralizou nas redes sociais. Na gravação, Favaro se empolga ao perceber o som do coração. "Pode aumentar um pouco!", diz.
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Eduardo revela que já havia passado por uma série de tratamentos na infância e aprendeu a ler, escrever e falar, mesmo tendo quase nada da audição. "Mesmo depois de várias tentativas em alguns centros especializados em audição e tendo resposta de que não teria possibilidade no meu caso, eu não perdi a esperança", conta.
"Conheci o dr. Fayez [Bahmad, otorrinolaringologista referência no mundo na área] e ele foi o único médico que me deu esperança e confiança em realizar o procedimento cirúrgico de implante coclear. Fiz a cirurgia no dia 19 de outubro e foi bem sucedida, tendo resposta de todos os 22 eletrodos, que são colocados dentro da cóclea. Fiz somente de um lado, o direito. Aguardei ansioso o período de cicatrização e no dia 17 de novembro fiz a ativação."
O otorrinolaringologista Fayez Bahmad explica que o o procedimento muda completamente a vida do paciente. A Organização Mundial da Saúde chegou a declarar que o implante coclear é a cirurgia que mais melhorou a qualidade de vida do ser humano.
Segundo explica o especialista, a cirurgia dura entre duas e quatro horas. Geralmente, os pacientes já podem ter alta no dia seguinte. A ativação do implante só ocorre após um mês, por causa da cicatrização. Não é necessário trocar o aparelho ao longo da vida. A publicação destaca que o procedimento é bancado pelos planos de saúde e pelo SUS.