Uruguai 'rivaliza' com Paraguai como provedor de armas a facções
Apreensões na região de fronteira com o Rio Grande do Sul aumentaram 422% entre 2012 e 2016
© Imagem ilustrativa (Issei Kato/Reuters)
Brasil entram pelo RS
A entrada de armas ilegais no Brasil via Uruguai tem se intensificado nos últimos anos, fazendo com que o país "rivalize" com o Paraguai no que se refere ao abastecimento de facções brasileiras.
Entre 2012 e 2016, segundo o Ministério da Justiça, o número de armas apreendidas no Rio Grande do Sul cresceu 422%, subindo de 90 para 470, ao passo que a média nacional caiu 59% no mesmo período.
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O presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Rio Grande do Sul (Sinpef-RS), Ubiratan Sanderson, explicou ao Uol que o armamento chega ao porto de Montevidéu, no Uruguai, vindas dos Estados Unidos. "Então é descarregada pelos traficantes em veículos que, por sua vez, levam o carregamento sem qualquer dificuldade até a região da fronteira com o Brasil."
"Carros comuns passam pelos postos de fronteiras carregando até dez fuzis, do tipo 556, que têm alto poder destrutivo. Nos postos de controle há somente dois policiais para fiscalizar uma grande quantidade de veículos. Não há condições de interceptar esse contrabando. Depois que entra no Brasil, esse armamento vai abastecer facções gaúchas ou de São Paulo e do Rio de Janeiro", acrescenta.