Usuários consomem crack em via interditada para obra da Transcarioca
Jovens sentadas no asfalto e na calçada trocam cigarros e pedras de crack, acumulam pequenos móveis usados e passam o dia em meio ao lixo. A cena acontece há anos em pontos alternados da Avenida Brasil, perto do Complexo da Maré, mas, desta vez, se repete bem perto de uma intervenção da prefeitura no local: a construção do arco estaiado da Avenida Brasil, na altura de Ramos, por onde passarão os ônibus articulados do BRT (Bus Rapid Transit) Transcarioca, um dos principais investimentos municipai
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Brasil Avenida Brasil
Para a construção do viaduto, que terá vão livre de 150 metros sobre a mais movimentada avenida da cidade, a prefeitura teve que interditar a pista lateral no sentido zona oeste, entre os viadutos da Avenida Brigadeiro Trompowski. A obra começou neste ano, e, ao lado dos primeiros pilares do futuro arco, cerca de trinta pessoas circulavam e consumiam a droga na manhã de hoje (27).
A Agência Brasil tentou se aproximar da cracolândia duas vezes nesta manhã, mas dois usuários hostilizaram a equipe de reportagem, ao ver a câmera fotográfica, atirando objetos e pedras contra o carro da Empresa Brasil de Comunicação. Um grupo de usuários montou uma proteção de papelão para não ser identificado pelos transeuntes, mas a maioria consumia a droga em frente à avenida.
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social afirma que começou no ano passado o projeto Proximidade, que tenta estabelecer vínculos de forma gradual com os dependentes químicos. No ano passado, segundo a secretaria, 929 pessoas foram abordadas pelo projeto e 584 decidiram acompanhar os assistentes sociais voluntariamente. Os menores são enviados ao projeto Casa Viva, que atualmente conta com quatro unidades inauguradas e deve chegar a 100 vagas neste ano.