Rio tem Dia D de vacinação contra febre amarela neste sábado
Mobilização na capital vai até 9 de fevereiro
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Brasil Imunização
Neste sábado (26), o estado do Rio de Janeiro terá o Dia D de vacinação contra a febre amarela. O objetivo da Secretaria de Estado de Saúde é imunizar a população de 15 municípios da região metropolitana: Belford Roxo; Duque de Caxias; Itaboraí; Itaguaí; Japeri; Magé; Mesquita; Nilópolis; Niterói; Nova Iguaçu; Queimados; Rio de Janeiro; São Gonçalo; São João de Meriti e Seropédica.
Nestes municípios, será aplicada a dose fracionada, que dá imunização por oito anos. Nos demais municípios fluminenses, a população receberá a dose padrão. Das 8h às 17h, a rede estadual disponibilizará a vacina em 29 unidades de pronto atendimento (UPAs), 10 hospitais, oito tendas montadas pela secretaria, 30 quartéis do Corpo de Bombeiros Militar e cinco unidades da Polícia Militar. Os postos de saúde das redes municipais também participam do Dia D.
Em janeiro do ano passado, a Secretaria de Saúde iniciou os cinturões de bloqueio no estado, com vacinação contra a febre amarela em municípios da divisa com o Espírito Santo e Minas Gerais. E desde julho, todos os 92 municípios do estado estão com recomendação da vacinar e receberam doses para imunizar a população.
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A dose fracionada será aplicada em pessoas na faixa etária de 2 anos até 59 anos não vacinadas; mulheres não vacinadas que estejam amamentando crianças com mais de 6 meses; e maiores de 60 anos não vacinados, após avaliação de serviço de saúde.
Já a dose padrão será dada para crianças de 9 meses a menores de 2 anos; pessoas com condições clínicas especiais, como quem vive com HIV/Aids, em tratamento de quimioterapia e pacientes com doenças hematológicas; gestantes; e viajantes internacionais, que devem apresentar comprovante de viagem.
A mobilização na capital vai até 9 de fevereiro, com a vacina fracionada disponível em 232 unidades da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Amanhã, todas as unidades funcionarão das 8h às 17h, exclusivamente para a imunização contra a febre amarela, além de postos extras espalhados pela cidade.
Hoje (26) de manhã a movimentação não estava muito intensa. No Centro Especial de Vacinação Dr. Álvaro Aguiar, na Cinelândia, região central da cidade, o operador de máquinas Almiro Messias resolveu tomar a vacina antes do carnaval. “Estou acompanhando as pesquisas, os problemas que estão acontecendo, e resolvi vir logo, antes do carnaval, porque depois do carnaval vai complicar, né? Eu pretendo viajar no carnaval, mas ainda não decidi para onde, então é melhor prevenir.”
Já a securitária Fernanda Mirabelle disse que estuda em uma região onde já foi registrado caso de febre amarela. “Eu estudo em Piraí, próximo de Valença, onde já teve caso. Aí me preocupou e vim ao posto, porque, até então, eu não tinha me preocupado. Eu acho que não há necessidade de pânico. Em qualquer tipo de situação, é preciso manter a calma e também se prevenir, nao é? [Ao] usar o repelente e evitar essa região onde tem mais mosquito já se está evitando [a doença]. E não deixar de se vacinar, não precisa de desespero.”
No Centro Municipal de Saúde Heitor Beltrão, na Tijuca, jovens e idosos foram buscar as doses fracionadas. Mesmo estando fora do público-alvo da campanha, a aposentada Ângela Cianella quis se precaver. “Eu trouxe o atestado. Tem que fazer [a vacinação]. Eu vi a reportagem na televisão aconselhando todo mundo a tomar, qualquer idade. Os idosos estão vindo, tanto é que a fila está cheia de idosos. Tenho muita preocupação, moro na Usina, perto da Floresta da Tijuca.”
O estudante Phelipe Tavares Lorga, de 19 anos, que sempre visita sua cidade natal, Campos, onde existe muita mata, também ficou preocupado com as notícias. Ele disse que a transmissão da doença é muito rápida e que, por isso, é é preciso correr para se vacinar. Ele contou que viu na televisão que a procura pela vacina estava muito grande, o que mostrou que poderia estar começando um surto da doença no Rio de Janeiro, e "correu" para se vacinar. "A cidade onde nasci tem mata, eu sempre vou para lá. Então, é uma necessidade, realmente. Na região de mata, tem uma transmissão muito maior, por ser uma doença que é atualmente selvagem, não é urbana ainda. Quando se vai para região de mata, tem que tomar a vacina antes”, afirmou Phelipe.
Casos
De acordo com o último informe epidemiológico, divulgado na noite de ontem (25) pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde da SES, este ano, foram registrados 25 casos de febre amarela silvestre em humanos no estado do Rio de Janeiro, com oito óbitos.
Teresópolis teve quatro casos, com dois óbitos; Valença, 13 e quatro mortes; Nova Friburgo e Miguel Pereira, um caso e um óbito, cada; e Duas Barras, dois casos. Petrópolis, Rio das Flores, Vassouras e Sumidouro registraram um caso cada.
Foi confirmado apenas um caso de febre amarela em macacos, em Niterói. Com informações da Agência Brasil.