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Jovem que ficou tetraplégica após lipoaspiração vai receber R$ 300 mil

Os condenados têm 15 dias para recorrer da decisão

Jovem que ficou tetraplégica após lipoaspiração vai receber R$ 300 mil
Notícias ao Minuto Brasil

15:12 - 17/02/18 por Notícias Ao Minuto

Brasil Indenização

A Clínicura Futura, de Sorocaba (SP), terá que pagar uma indenização de R$ 300 mil por danos morais a Adriana Isis Tarquini. A decisão da Justiça saiu na última sexta-feira (9), 12 anos depois da jovem ficar tetraplégica após uma cirurgia de lipoaspiração em Sorocaba (SP). Na época da cirurgia, Adriana tinha 24 anos

De acordo com o G1, a decisão judicial termina que a Clínica Futura e a médica responsável Karina Garcia Assuiti, deverão pagar as despesas referentes ao tratamento de saúde da paciente e uma pensão de três salários mínimos vitalícios.

O advogado de Adriana, Cláudio Dias, comentou a determinação judicial. "Mais do que uma vitória para ela, é um alerta para todas as pessoas que se submetem a uma cirurgia achando que é um procedimento simples, quando na realidade é um risco considerado médio ou alto", diz.

Segundo explica o advogado de Adriana, os condenados têm 15 dias para recorrer da decisão e, caso não recorram, eles têm um prazo de mais 15 dias para o pagamento do valor estipulado.

A reportagem tentou contato com a médica Karina Garcia Assuiti, mas ela não quis se manifestar. A Clínica Futura informou que vai recorrer da decisão do Tribunal de Justiça.

No dia 6 de setembro de 2006, Adriana Tarquini passou por uma cirurgia de lipoaspiração abdominal com enxerto de gordura nos glúteos em uma clínica da cidade. No dia seguinte, feriado de 7 de setembro, ela teve uma parada cardiorrespiratória e um quadro de embolia pulmonar. No entanto, no momento da emergência não havia nenhum médico na clínica e somente após mais de uma hora houve o socorro médico, sendo que nestes casos a paciente deve ser socorrida em, no máximo, três minutos.

A publicação refere que, sem o atendimento no tempo necessário, o estado de saúde da paciente evoluiu para tetraparesia espástica, que é caracterizado apenas por pequenos movimentos sem força ou coordenação. Hoje com 35 anos, Adriana passa os dias em uma cama e conta com os cuidados da mãe e cuidadoras.

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